O presidente do Marítimo, Rui Fontes, disse hoje que está certo de que o emblema da II Liga de futebol só irá a eleições no final do mandato, apesar de marcada Assembleia Geral Extraordinária para destituição da direção.

“Não tenho dúvidas nenhumas de que vão ser daqui a dois anos”, respondeu o dirigente ‘verde rubro’, quando questionado se estaria certo de que o Marítimo só irá a eleições no final do seu mandato.

Em 31 de outubro, irá ter lugar uma Assembleia Geral Extraordinária requerida por um grupo composto por 50 sócios, que terá como único ponto a votação da destituição dos membros de todos os órgãos sociais.

Abordado sobre como se sentia com o aproximar da reunião magna, Rui Fonte adiantou que nem sabe quando a mesma se irá realizar, enfatizando que no imediato só tem conhecimento das eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira e que candidatos só para o mesmo assunto.

“Que eu saiba, candidatos são para as eleições que se vão realizar para a Assembleia Legislativa da Madeira, porque sobre isso é que sei que há eleições no próximo domingo, agora desconheço mais eleições”, respondeu, quando confrontado sobre possíveis candidaturas, nomeadamente, a de Carlos André Gomes.

Nas celebrações dos 113 anos do Marítimo, que decorreram ao longo da parte da manhã no complexo desportivo do clube, o dirigente máximo foi questionado sobre se sente que os adeptos estão satisfeitos com o trabalho desenvolvido pela atual direção.

“Não percebo porque não haveriam de estar satisfeitos. Em tudo na vida há sempre gente insatisfeita. Esta direção trabalhou tudo bem, a única coisa que falhou foi na equipa principal. De resto, temos sucesso em tudo”, referiu, sublinhando que os madeirenses são “exemplo a nível nacional no futebol feminino, após um jogo com 1.710 espetadores, só ficando atrás do Benfica e do Sporting e até a Federação [Portuguesa de futebol] o reconheceu”.

De acordo com Rui Fontes, o trabalho está a ser bem feito, apesar de reconhecer que não correu bem na equipa principal, que desceu ao segundo escalão, após 38 anos consecutivos na I Liga.

“Tudo o que estamos a fazer está bem feito, falhou no futebol, mas também não sou treinador, nem atleta. Não marco penáltis e quando essas coisas não acontecem somos todos penalizados”, frisou, explicando que a missão é levar novamente os ‘verde rubros’ ao principal escalão.

O Marítimo soma quatro vitórias em cinco jogos, ocupando o segundo posto da classificação da II Liga, com 12 pontos, mas o dirigente reconhece que ainda faltam 29 jornadas e que é necessário aguardar até ao final do campeonato para saber se de facto todo o trabalho iniciado terá êxito.

“O futebol é assim. Quando o FC Porto não é campeão acontece alguma coisa? Não. Procuram sim ser campeões no ano seguinte e emendar aquilo que estava mal, mais nada. O Sporting não foi campeão, nem foi à Liga dos Campeões e não aconteceu nada, apenas continuaram a trabalhar para alcançar posições de acordo com o seu estatuto e, é isso que estamos a fazer no Marítimo: descemos de divisão e agora vamos recuperar”, concluiu.