A mesa da assembleia geral (AG) do Sporting da Covilhã convocou para 28 de março uma nova reunião magna para voltar a votar a transformação da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) em Sociedade Anónima Desportiva (SAD).
A AG do emblema da II Liga de futebol, marcada para as 20:00, no Auditório das Sessões Solenes da Universidade da Beira Interior, conta com seis pontos na ordem de trabalhos.
Na convocatória é referido que a reunião magna se destina à “renovação das deliberações aprovadas na AG de 29 de dezembro de 2022” e “com efeitos retroativos também aí previstos à data da AG de 29 de dezembro”, data em que a decisão de transformar a SDUQ do clube em SAD, proposta pela direção, foi aprovada com 67 votos a favor, seis abstenções e 27 votos contra dos sócios presentes, num ato eleitoral de braço no ar e alvo de contestação.
No primeiro ponto está previsto a apresentação do projeto do novo modelo de sociedade desportiva. No ponto dois é lido o parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar e, no terceiro ponto, a “aprovação da transformação da Sporting da Clube da Covilhã – Futebol SDUQ em SAD”.
Caso seja aprovado o ponto anterior, é depois votada a autorização do aumento de capital da SDUQ e o sexto ponto contempla a votação da autorização para que a direção aliene a terceiros até 80% do capital social da SAD.
Em 06 de janeiro, foi interposta por dois sócios do emblema serrano uma providência cautelar no Tribunal Central Cível de Castelo Branco, com vista a suspender a decisão da criação de uma SAD nos moldes em que a proposta foi votada, por entender que “a deliberação tomada pela AG padece de vício que origina a sua ineficácia e/ou anulabilidade”.
Um grupo de sócios entregou em 31 de janeiro um abaixo-assinado, “com mais de 100 assinaturas”, segundo os próprios, a solicitar a marcação de uma AG extraordinária que tivesse como ponto único votar a revogação da criação de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD), que não teve acolhimento.
O presidente do órgão, Jorge Gomes, anunciou em 23 de fevereiro a intenção de agendar uma AG pedida pela direção para a “renovação da deliberação” e acrescentou ter-lhe sido transmitido pela direção que, embora na sequência da decisão tomada em 29 de dezembro a AG da SDUQ do clube tenha aprovado, no dia seguinte, a sua transformação em SAD, essa deliberação não ia ser executada.
“Nenhum ato será tomado com base nesta AG”, transmitiu Jorge Gomes, que informou ter recebido essa garantia do presidente do Sporting da Covilhã, José Mendes, de quem recebeu o pedido para a marcação de uma nova reunião magna, desta vez com a apresentação e votação “ponto por ponto de todo o processo de transformação”.
Jorge Gomes acentuou na mesma conferência de imprensa que, com a marcação da nova reunião magna do clube, existe a garantia de que, “independentemente do que resultar da providência cautelar, nenhum ato será validado pela direção do clube com base naquela AG”.
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