O presidente do Sporting da Covilhã, José Mendes, há 17 anos na liderança do clube da II Liga de futebol, foi reeleito na noite de terça-feira para mais um mandato de três anos.
Na reunião magna eleitoral, realizada no Estádio Santos Pinto, a única lista apresentada a sufrágio teve os votos favoráveis de 43 sócios, duas abstenções, entre as quais a do ex-vice-presidente José Santos, e o voto contra do presidente da assembleia geral nos últimos 11 anos, Luís Veiga.
Da direção fazem parte sete novos nomes e José Mendes disse, no final da assembleia-geral, ter escolhido com quem quer trabalhar para “dar continuidade” ao que tem vindo a ser feito.
“Está uma equipa renovada, uma equipa de gente séria, uma equipa com vontade de trabalhar, de modificar, de modernizar o clube e, por isso, vamo-nos dedicar de alma e coração”, referiu o dirigente serrano. “Estou com vontade, com ganas de dar continuidade ao trabalho e engrandecer este grande clube”, acrescentou.
José Mendes reiterou o desejo de em 2023, ano do centenário do Sporting da Covilhã, “tentar chegar” à I Liga, sublinhou que este “é o ano zero” e apontou como prioridades a conclusão das obras do estádio e a construção da academia.
“Vamos dar continuidade ao que temos vindo a fazer ao longo dos anos. Temos muito trabalho pela frente. Temos o centenário, temos a academia, temos o resto do Santos Pinto para acabar e são tudo trabalhos que queremos acabar no mandado que aí vem”, acentuou o presidente, de 63 anos, que garantiu ter vontade de fazer um novo mandato caso os ‘leões da serra’ subam ao primeiro escalão do futebol nacional.
No plano desportivo, com o emblema serrano no 16.º lugar da classificação, José Mendes afirmou estar atento ao mercado e às alterações a fazer no plantel, embora tenha salientado ter de conversar com o treinador, Leonel Pontes, para tomar algumas decisões.
“Precisamos de gente para as alas. Já saíram três ou quatro jogadores e vão ter de entrar outros. Vai sair mais um ou dois. Vamos remodelar para tentar dar a volta à situação, porque isto é o ano zero”, vincou o presidente reeleito, que admitiu o interesse no regresso do avançado Kukula.
No final da reunião magna onde tomou posse, José Mendes censurou a forma como decorreu a assembleia-geral, sem possibilidade de serem feitas intervenções, como explicou o presidente do órgão, Luís Veiga, aludindo aos regulamentos.
José Mendes, que frisou não ter convidado Luís Veiga para a sua lista, considerou ter faltado “muita classe” à assembleia-geral, onde “podia e devia” ter tido a oportunidade de se dirigir aos sócios.
Luís Veiga escusou-se a prestar declarações após o encerramento dos trabalhos e desejou “felicidades ao clube” pelo qual se diz “enervar todos os fins de semana, esperando que tenha vitalidade e futuro”.
A mesa da assembleia-geral passa a ser presidida por Jorge Gomes, cargo que já ocupou há 27 anos. Carlos Mineiro é o presidente do Conselho Fiscal.
Da nova direção faz também parte Joel Vital, defesa serrano durante nove temporadas, que em 30 de novembro terminou a carreira.
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