O Gil Vicente anunciou hoje que um tribunal de Lisboa determinou uma indemnização provisória de 200 mil euros a seu favor, na sequência de uma providência cautelar contra a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) no âmbito do chamado ‘Caso Mateus’.
Segundo nota do clube de Barcelos, a militar na II Liga, foi decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa que o Gil Vicente deve ser indemnizado provisoriamente naquela quantia “enquanto se aguarda a decisão final do processo”, tendo a mesma instância “indicado a forte probabilidade de vir a entender de que a sanção de descida de divisão fora ilegal, conforme pedido pelo Gil Vicente Futebol Clube”.
“Considera o Gil Vicente que este foi mais um passo decisivo para se fazer justiça no ‘Caso Mateus’ e em que, quer a FPF, quer a Liga Portuguesa de Futebol Profissional se têm recusado, desde 2006, a indemnizar o Gil Vicente, só o fazendo por virtude das sucessivas condenações judiciais nos processos instaurados para esse efeito”, conclui a nota, assinada pelo presidente António Fiusa.
A FPF e a LPFP puniram, em 2006, os gilistas com a descida de divisão e proibição de participação na Taça de Portugal, assim como nos campeonatos juniores A e C, no âmbito daquele processo desportivo.
A decisão de 2006 levou a direção do clube de Barcelos a recorrer aos tribunais administrativos, “para que os mesmos declarassem que foram ilegais as sanções que lhe foram aplicadas e fosse indemnizado pelos avultados prejuízos sofridos”, refere o comunicado.
O caso Mateus foi desencadeado pela recusa da FPF e da LPFP na inscrição no Gil Vicente do angolano Mateus, que tinha jogado como profissional no Felgueiras, mas tinha passado para a condição de amador no Lixa.
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