O advogado Vítor Hugo Valente, candidato às eleições para a direção do Vitória de Setúbal, apresentou hoje a sua reclamação à decisão da mesa da Assembleia Geral de o afastar da corrida eleitoral agendada para quinta-feira.
Depois de o presidente da AG, Fernando Cardoso Ferreira, ter anunciado na sexta-feira a exclusão da lista A, alegando "erro grosseiro" cometido na inscrição de um dos elementos, o advogado espera agora que o dirigente altere a sua tomada de posição para poder enfrentar nas urnas António Santos (lista B).
"Nos termos dos estatutos e do calendário eleitoral que o presidente da AG fez, viemos entregar a nossa reclamação. Entendemos que temos direito ao contraditório. Viemos pugnar pela razão e verdade. Apelamos na reclamação a que a vontade dos sócios seja tida em conta", disse à saída do Bonfim.
Em declarações aos jornalistas, Vítor Hugo Valente disse estar otimista e lembrou que, caso se justifique, não irá ficar por aqui na contestação.
"A seguir a esta reclamação, se não for atendida, ainda temos outra possibilidade de reclamação. Depois disso há outras possibilidades natureza jurídica e jurisdicional e a eventual impugnação do ato eleitoral. Temos esta luta e vamos até ao fim. Os sócios não podem ser sonegados do direito de escolher o que querem para o clube", frisou.
O antigo presidente da SAD vitoriana explicou que há a possibilidade de só na quarta-feira, véspera das eleições, serem conhecidos os candidatos.
"A resposta tem que ser dada amanhã [terça-feira]. O calendário eleitoral determina que depois das reclamações e respetiva decisão serão publicadas as listas provisórias. Há ainda a possibilidade de uma segunda relação e, só depois, é afixada a lista definitiva. Ou seja, só no dia anterior às eleições, os sócios ficam a conhecer as listas", referiu.
O advogado sublinhou que a reclamação não visa o líder da Assembleia Geral.
"A nossa reclamação não é pessoal, não é contra Fernando Cardoso Ferreira. Discordamos, isso sim, da sua decisão. Há razões para que mude e emende. Esperamos que o senhor presidente da AG seja sensível aos argumentos e, sobretudo, ao que os sócios querem. A vontade é dos sócios e não dos dirigentes que estão momentaneamente no poder", disse.
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