O Sporting de Braga venceu hoje no reduto do Desportivo das Aves, por 2-0, e subiu, provisoriamente ao segundo lugar da I Liga de futebol, pressionando os rivais diretos na luta pelo título, na véspera do Sporting-Benfica.

Em jogo da 20.ª jornada, o Braga só conseguiu desbloquear o resultado na segunda parte, alcançando um justo triunfo graças aos golos de Marcelo Goiano, aos 60 minutos, e Paulinho, aos 66, face a um Aves sem os mesmos argumentos e a quem faltou poder ofensivo.

Na classificação, o Braga, com um jogo a mais, é agora segundo, com 46 pontos, a três do líder FC Porto, dois de vantagem relativamente ao Benfica, com quem trocou de posição, e sete para o Sporting, equipas que se vão defrontar no domingo. O Aves, por sua vez, voltou a cair na zona de descida, após duas vitórias consecutivas, ocupando o 16.º lugar, com 18.

O Braga, como se esperava, assumiu a iniciativa desde o apito inicial e, durante a maior parte do tempo, o jogo cumpriu metade dos objetivos dos dois técnicos, com o Braga a ter bola, mas sem criar desequilíbrios no ataque, e o Aves bem no processo defensivo, sem conseguir, no entanto, sair em transições capazes de surpreender os 'arsenalistas'.

A primeira vez que os minhotos conseguiram libertar-se do 'colete-de-forças' avense, Paulinho ganhou espaço na esquerda e rematou fraco, aos 13 minutos, mas o jogo só ganhou verdadeira emoção perto da meia hora, em duas transições rápidas que 'quebraram' o rigor tático dominante.

Numa rápida saída de bola dos locais, a bola viajou até à direita, mas o centro do lateral Rodrigo desencontrou-se com a movimentação de Derley. Na resposta, a bola chegou à esquerda e Beunardeau, na tentativa de desfazer o cruzamento de Paulinho, socou para a frente, com Dyego Sousa a tentar um 'chapéu' anulado sobre a linha de golo por Ponck.

Os caminhos de Paulinho e Bernardeau voltaram a cruzar-se aos 43 minutos, na sequência de um livre lateral, mas o cabeceamento do avançado bracarense acertou no poste da baliza avense, procurada de uma forma mais continuada no segundo tempo.

A entrada de Fransérgio, após o intervalo, em substituição de Palhinha, foi decisiva, pela sua capacidade de pensar e executar rápido, e o aviso chegou logo no pontapé de saída, num remate de Horta à entrada da área.

A visão do brasileiro potenciava a capacidade de desmarcação dos avançados, em especial de Paulinho, num par de vezes a surgir isolado, mas sem encontrar o caminho do golo, que viria merecidamente a surgir aos 60 minutos, por Goiano, que iniciou e concluiu a jogada com um remate à entrada da área do Aves.

O Braga não tirou o pé e, com mais espaços pela tentativa de reação do Aves, chegaria ao segundo, seis minutos depois, por Paulinho, a concluir a melhor jogada do encontro, num lance em que a bola passou por mais de meia equipa.

Com uma vantagem de dois golos, o Braga, sem derrotas nos últimos cinco jogos do campeonato, geriu, depois, o resultado até final, ficando sempre mais perto do terceiro do que o Aves de reduzir.