O Sporting de Braga, sexto classificado da I Liga de futebol, manifestou-se hoje contra a implementação do cartão do adepto “nos moldes apresentados”, considerando ser “uma medida ultrapassada” e “sem efeitos práticos na valorização do desporto”.
Na sua newsletter semanal, o clube sublinha que “face a todas as manifestações de repúdio registadas ao longo das duas primeiras jornadas”, o clube “é contra a implementação do cartão do adepto nos moldes apresentados”.
“Este conceito já foi utilizado em outros países no passado e os resultados foram amplamente negativos. Por isso, trata-se de uma medida ultrapassada, sem efeitos práticos na valorização do desporto e que vai contra os valores defendidos pelo futebol, nos quais a inclusão merecerá, sempre, especial relevância”, pode ler-se.
Para os responsáveis bracarenses, “esta é uma lei limitativa e castradora e que, apesar da sua génese ser válida (combater o racismo e a violência no desporto), vem colocar ainda mais entraves à valorização do futebol enquanto um desporto de massas, afastando as pessoas dos estádios de uma forma discriminatória e segregadora”.
“É um facto que, do ponto de vista jurídico, não existe nenhuma ilegalidade na criação do cartão do adepto enquanto documento identificativo, mas ainda assim, o Sporting de Braga entende que este instrumento falha rotundamente o seu objetivo primordial, seguindo até a lógica de insucesso do que aconteceu com os GOA [grupos organizados de adeptos/claques]: como não se conseguiu identificar e legalizar o grupo no seu sentido coletivo, tenta-se identificar o indivíduo”, concluem.
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