
Uma ‘onda verde’ formada por adeptos do Sporting ‘invadiu’ hoje à noite a rotunda de uma das principais entradas do centro histórico de Évora, obrigando ao corte do trânsito, nas comemorações do bicampeonato de futebol.
Assim que soou o apito final em Alvalade, com a vitória dos leões sobre o Vitória de Guimarães, por 2-0, na 34.ª e última jornada da I Liga, começaram a formar-se caravanas de automóveis pela cidade alentejana.
Muitos adeptos do Sporting, com camisolas, cachecóis e bandeiras do clube, começaram a dirigir-se a pé para a rotunda das Portas do Raimundo, local habitual dos festejos das equipas de futebol em Évora.
No centro da rotunda, enquanto abanavam cachecóis e bandeiras, os adeptos entoaram cânticos e alguns lançaram tochas de cor verde e fogo-de-artifício. Já os que passavam de carro ou mota apitavam e gritavam pelo clube leonino.
Por volta das 21:00, a PSP acabou por cortar o acesso rodoviário à rotunda.
Entre os muitos adeptos, Mário Gafanhoto confessou à Lusa que este foi “o dia mais feliz” da sua vida, pois, além do Sporting se ter sagrado bicampeão nacional, também o Lusitano de Évora, o outro clube do coração, conseguiu a subida à Liga 3.
“Sou um grande sportinguista, mas sou mais lusitanista do que sportinguista”, frisou.
Envergando uma camisola do clube de Évora, Mário argumentou que, tanto o Sporting, como o Lusitano, justificaram os êxitos hoje alcançados.
No caso do Sporting, este título “é diferente, por ser o bicampeonato e ter sido muito complicado” de conquistar, devido às lesões de jogadores importantes do plantel e à saída de Rúben Amorim do comando técnico da equipa, realçou.
Ambos vestidos com camisolas do Sporting, André Martins e Patrícia Dedeiras chegam à festa na rotunda das Portas do Raimundo e, enquanto esperam pela chegada de amigos, contam à Lusa que viveram juntos as emoções da última jornada do campeonato.
“Foi muito tenso. No dérbi do fim de semana passado, com o Benfica, lá conseguimos um empate e este jogo frente ao Vitória foi mais fácil. Agora, vamos festejar”, comentou.
Em Beja, o palco da festa dos adeptos do Sporting foi na rotunda da Praça António Raposo Tavares, mais conhecida por rotunda do Bandeirante, que ficou ‘pintada de verde’ após o fim do jogo em Alvalade.
Ao som de fogo-de-artifício, os adeptos leoninos festejaram a conquista do bicampeonato com cachecóis e bandeiras.
Mais a norte, em Portalegre, a zona do Rossio, no centro da cidade, vestiu-se de verde, logo após a vitória do Sporting frente ao Vitória de Guimarães, com o centenário plátano que figura naquele espaço a testemunhar as comemorações.
Antes, a festa começou a ganhar forma em vários cafés, mas, principalmente, na sede do Núcleo do Sporting de Portalegre, onde os adeptos entoaram cânticos alusivos ao bicampeonato.
À semelhança de outros pontos do país, a caravana automóvel foi outro dos pontos altos que marcaram os festejos, tendo sempre como destino a zona do centenário plátano, no rossio.
Ainda no Alentejo, em Estremoz, distrito de Évora, os adeptos sportinguistas também saíram à rua, juntando-se na rotunda perto do monumento de homenagem ao combatente, no centro da cidade, e com uma caravana automóvel.
Os sportinguistas de Estremoz agitaram cachecóis e bandeiras do clube, gritaram “campeões! campeões!”, lançaram petardos, fumos em tons de verde a colorir o ambiente e fogo-de-artifício.
No Estádio José Alvalade, em Lisboa, os ‘leões’, que só dependiam de si para revalidarem o título, marcaram por intermédio de Pedro Gonçalves, aos 55 minutos, com o sueco Viktor Gyökeres a ampliar o resultado aos 82, fazendo o 39.º golo no campeonato, no qual foi o melhor marcador.
O Sporting, orientado por Rui Borges, terminou a 91.ª edição do campeonato com 82 pontos, mais dois do que o Benfica, e assegurou o terceiro título em cinco anos, voltando a ser bicampeão 71 anos depois.
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