Depois de dois dias de espera, foram conhecidas esta quinta-feira as medidas de coação para o antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, e o líder da claque Juventude Leonina, conhecido por Mustafá. O juíz de Instrução Criminal decidiu que os dois poderiam aguardar julgamento em liberdade. Ambos vão ter apresentações diárias obrigatórias na esquadra das respetivas áreas de residência. Além disso, terão de pagar uma caução de 70 mil euros.

Neste processo é a primeira vez que o juíz de Instrução Criminal não acede ao pedido do Ministério Público, que pedia prisão preventiva para Bruno de Carvalho e Mustafá.

O início da leitura da decisão do juiz Carlos Delca, no Tribunal do Barreiro, distrito de Setúbal, estava previsto para as 10:00, mas foi adiado em uma hora devido à greve parcial dos funcionários judiciais, que já tinha motivado a interrupção do interrogatório aos arguidos na terça-feira.

Bruno de Carvalho e Nuno Mendes, conhecido por Mustafá, que estão detidos desde domingo, com base em mandados emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, chegaram ao Juízo de Instrução Criminal do Barreiro às 09:00.

O ex-presidente leonino está indiciado por 56 crimes: dois crimes de dano com violência, 20 crimes de sequestro, um crime de terrorismo, 12 crimes de ofensa à integridade física qualificada, um crime de detenção de arma proibida e 20 crimes de ameaça agravada.

Em 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários.

A GNR deteve no próprio dia 23 pessoas e efetuou, posteriormente, mais detenções - das quais as mais recentes foram as de Bruno de Carvalho e Mustafá, no domingo -, que elevaram para 40 o número de arguidos, dos quais 38 estão em prisão preventiva.

O ataque

Recorde-se que em 15 de maio deste ano, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, treinadores e ‘staff’.

No dia dos acontecimentos, a GNR deteve 23 pessoas, tendo posteriormente efetuado mais detenções, estando atualmente em prisão preventiva 38 pessoas, entre as quais o antigo líder da claque Juventude Leonina Fernando Mendes.

Os 38 arguidos que aguardam julgamento em prisão preventiva são todos suspeitos da prática de diversos crimes, designadamente de terrorismo, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada, sequestro e dano com violência.

Bruno de Carvalho, que à data dos acontecimentos liderava o clube, foi, entretanto, destituído em Assembleia-Geral e impedido de concorrer à presidência do clube, atualmente ocupada por Frederico Varandas.

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