Simões marcou presença na apresentação do livro ‘Memórias de Nação Valente - Portugal nos Mundiais de Futebol’, na Feira do Livro em Lisboa. À margem do evento, a antiga glória da Seleção de Portugal comentou a situação dos jogadores do Sporting chamados por Fernando Santos e que já apresentaram as respetivas carta de rescisão, alegando justa causa.
"Estar num campeonato do Mundo e ter saído deste ambiente, acho que até foi um alívio [para os jogadores do Sporting]. Se estivesse na situação dos jogadores do Sporting, diria: 'Mas que bom ir para a Rússia representar o meu país. Pelo menos, durante um tempo, não tenho lixo à minha volta", disse o antigo extremo esquerdo.
No evento sobre o livro escrito por Afonso de Melo, que contou, entre outros, com Nuno Valente, Toni e outras figuras do jornalismo português, Simões frisou que nunca viu nada parecido com o que se passa no Sporting.
"É uma situação surreal, confesso que já não sou nada novo, tenho acompanhado o futebol português desde sempre e nunca assisti uma coisa destas. Vivi em muitos países, até com culturas mais complicadas, menos desenvolvidas mas nunca tinha pensado que isto poderia pensar. É preciso olhar para isto com mais responsabilidade. A combinação da responsabilidade e capacidade de tomar decisões têm de vir dos vários lados: o lado desportivo, quem manda no futebol e o segundo, o poder político. Não se pode separar estas duas responsabilidades, não estão isoladas. Não podemos faltar ao respeito a tanta gente que tem paixão pelo jogo, temos que lhes dar seriedade, credibilidade, porque, no fundo, isto é um negócio", comentou.
"É preciso encontrar formas de, se esses jogadores saírem [do Sporting], que os seus representantes o façam de forma moderada, discreta, e com responsabilidade. Se assim for, não vejo razões para estar preocupado. [...] Espero que isto pare, é esta a minha esperança. Mas estou completamente desapontado com as pessoas que mandam no futebol. Isto tem de parar", terminou.
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