Sérgio Conceição foi um dos convidados especiais do congresso "World Scouting" para partilhar algumas experiências enquanto jogador e treinador. O técnico do F.C. Porto abordou alguns dos desafios que muitos jogadores têm de enfrentar quando terminam as respectivas carreiras, nomeadamente quando começam a treinar equipas.

"Depois de uma carreira de futebol era muito fácil para mim ficar e estar na minha zona de conforto. Tinha alguma estabilidade financeira, com uma família feliz, mas sempre tive uma forma ambiciosa de ver a vida. A paixão pelo futebol e pelo jogo fez-me começar como adjunto do Standard Liege. Hoje compreendo a dificuldade que os treinadores tinham em lidar comigo enquanto jogador", começou por dizer Sérgio Conceição no congresso mundial de scouting.

Em relação às características fundamentais para um treinador de futebol, Sérgio Conceição considerou que acima de tudo é preciso haver 'paixão' uma ver que não basta "chegar ao treino e fazer um exercício bom, com uma boa dinâmica".

"É preciso muita paixão. A paixão é a base para tudo o que fazemos na vida. Ser treinador de futebol exigiu de mim muito daquilo que o ser jogador exigia. No início da minha carreira não havia tanta informação como existe agora. Eu lembro-me que na minha altura preocupava-me em treinar duas horas e ir para casa. Hoje há uma situação diferente, tenho de lidar com diferentes departamentos onde tudo é feito ao pormenor para que em alta competição estejamos sempre num patamar elevadíssimo para chegar aos resultados", frisou Sérgio Conceição.

Sobre a forma como um treinador lida com pressão em alta competição, Sérgio Conceição considerou que é fundamental haver essa mesma pressão, e que não vê esse factor como algo negativo.

"Eu acho que é super positivo termos pressão. É sinal de que estamos num grande clube. A vida são constantes desafios", disse Sérgio Conceição para depois recordar o seu percurso de vida.

"A maior pressão que tive foi quando era miúdo ter alguma dificuldade para arranjar comida. Isso foi a maior pressão da minha vida. A partir do momento em que tenho capacidade para trabalhar e cabeça para pensar, depende tudo de mim. Essa pressão diária que eu meto a mim mesmo e ao meu staff faz-nos bem e eu lido bem com ela. É essa pressão que nos faz estar desconfiados, alerta e ser exigentes connosco e com os outros. É a estrada para se chegar mais facilmente ao sucesso", sentenciou sobre o assunto.

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