O FC Porto regressa este sábado à ação na Primeira Liga 23/24, com uma complicada deslocação a Guimarães para defrontar o Vitória SC, a contar para a 11.ª jornada, depois de na ronda anterior se ter visto surpreendentemente derrotado em casa pelo Estoril.

Sérgio Conceição, treinador dos azuis e brancos, fez a antevisão ao encontro com os vimaranenses, numa conferência de imprensa em que falou também de vários outros assuntos da atualidade dos dragões, escusando-se contudo a falar muito sobre  o dérbi de domingo entre Benfica e Sporting.

Deslocação complicada a Guimarães: "Temos de jogar com todas as equipas. Os três pontos são importantes de fim de semana a fim de semana. É uma deslocação difícil perante um Vitória que, independentemente de já ter trocado de treinador, isso não se tem notado. Estão a apenas três pontos de nós. Eles têm feito os seus resultados. O plantel deles tem qualidade e o treinador é muito identificado com a paixão e a forma de viver o futebol dos adeptos daquele clube. Vai ser um jogo difícil, cabe-nos a nós, que lutamos pela conquista do campeonato, que é o nosso objetivo principal da época, dar uma boa resposta e ganhar o jogo."

As dificuldades que o adversário pode colocar: "Os problemas que eles possam criar à nossa equipa tem que ver principalmente connosco. A forma como vamos defender, perceber a dinâmica do adversário quando tem bola, os esquemas táticos... O jogo encaminha-se dentro da postura das equipas e neste caso da nossa. Sabendo que o Vitória é sólida e consistente, que ataca de uma forma simples, direta, aproveitando os erros do adversário. Temos de perceber que vamos ter algumas dificuldades nesse sentido, mas somos o FC Porto e queremos controlar o jogo de forma enérgica, agressiva, com a intensidade que nos tem caracterizado nos últimos anos, ainda que este ano não tanto".

O que espera do dérbi entre Benfica e Sporting: "O nosso jogo é contra o Vitória."

As exibições mais recentes: "Com o Antuérpia, em termos de coletivo, gostei mais do que contra o Estoril, mas são adversários diferentes, por isso, dentro da base e dos princípios da nossa equipa, vejo que há a melhorar e o que estamos a fazer de bem e continuar. Desde que cheguei aqui as dificuldades são as normais de um treinador de futebol. Queremos a perfeição, mas é difícil, andamos sempre longe. Trabalhamos no máximo para ir ao encontro das exigências dos adeptos, não só nos resultados, mas nas boas exibições."

Mudança de chip da Champions para o campeonato: "Não podemos perder o foco. Conheço bem o ambiente apaixonado dos adeptos do Vitória SC, tive o prazer de lá trabalhar. Mas o que conta realmente são os intervenientes diretos no jogo e neste caso olhámos para o Vitória ao pormenor: posso dizer que o Álvaro Pacheco vive a 20 km do estádio, até isso fui ver. Não é fácil para os adversários jogar no D. Afonso Henriques. Teremos de ter a humildade de perceber que vamos defrontar uma equipa difícil é essa a base para se começar a ganhar o jogo."

Mais preocupado com as exibições ou com a distância pontual para o topo? "O que me preocupa são alguns erros e alguma falta de eficácia ofensiva e alguns erros que cometemos. De resto, não me preocupa nada. É ver o que fizemos bem e menos bem e trabalhar para termos mais qualidade amanhã do que temos hoje."

David Carmo a mostrar algumas dificuldades: "A melhor forma de o tranquilizar é trabalhar nos aspetos em que ele não está tão bem e perceber que o David jogou maioritariamente antes de vir para o FC Porto numa linha de cinco e aí os erros não se notavam tanto. O Braga defendia de maneira diferente. Um central no FC Porto está sempre mais exposto. Isso é perceptível e entendo. Tem é de haver uma evolução, para um central conseguir carreiras longas e consistentes. Mas é preciso trabalho, assobios de vez em quando, levar uns cartões amarelos e não parar."

Roger Schmidt contestado no Benfica: "O meu foco é o jogo com o Vitória. Já falei de colegas de profissão, não gosto muito dessa discussão na praça pública, mas somos treinadores de futebol, há momentos em que estamos na mó de cima e somos elogiados, depois quando se perde ou se está num ciclo mais negativo o culpado é sempre o mesmo. Sempre foi assim neste desporto fantástico que é o futebol e há de ser sempre assim. Se é justo ou não? Há situações e situações e casos e casos. A vida de um treinador de futebol é esta, também já passei por situações dessas, é o futebol."