Resumo
Comecemos pelo fim. Passavam três minutos dos 90 quando Simon Banza viu um remate com selo de golo travado por uma defesa no limite, com o pé direito, de Anatoliy Trubin. Tivesse a bola entrado e seria o empate na Pedreira, mas o guarda-redes ucraniano salvou o Benfica e segurou a vantagem conquistada desde muito cedo por Casper Tengstedt, ele que já tinha marcado o golo decisivo frente ao Sporting no último suspiro.
O avançado dinamarquês manteve-se no onze de Roger Schmidt, não obstante o entusiasmo geral com o golo de Arthur Cabral (nem saiu do banco) em Salzburgo, e logo aos três minutos atirou a contar, perante a oposição de Matheus, após uma reação rápida do Benfica a um erro de Rodrigo Zalazar.
Sem surpresas, a vantagem encarnada lançou uma primeira meia-hora frenética, com jogo de ataque para os dois lados. Na resposta do SC Braga, Trubin voou para travar o remate fortíssimo de Álvaro Djaló, já depois de um golo anulado a Rafa – desta vez houve eficácia, só não houve posição legal.
Após várias ocasiões de golo de parte a parte, a vertigem inicial deu lugar a uma asfixia crescente dos minhotos, obrigando o Benfica a encolher-se. Ricardo Horta chegou mesmo a bater Trubin, mas estava ligeiramente adiantado. Incansáveis, os arsenalistas fizeram por justificar o empate, que não chegou.
Desde março de 2021 que o Benfica não festejava na Pedreira, tendo agora mais dois pontos do que Sporting e FC Porto. Nada como dormir na liderança e aguardar, no conforto do sofá, pelo desfecho do duelo entre os rivais.
O momento
Golo de Tengstedt: O avançado dinamarquês só precisou de três minutos para marcar na Pedreira. Rodrigo Zalazar perdeu a bola a meio-campo, o Benfica saiu rápido para o contra-ataque e Tengstedt, lançado por Kokçu, não desperdiçou na cara de Matheus. O desenrolar da partida não deixaria adivinhar que o resultado ficasse por aqui, mas foi mesmo o que aconteceu.
Veja o golo de Tengstedt
O melhor
Trubin: O guarda-redes ucraniano foi decisivo para o Benfica segurar a (magra) vantagem com várias intervenções de destaque. A defesa da noite ficou guardada para os últimos minutos, quando aos 90+3' impediu, com o pé direito, uma grande finalização de Simon Banza.
O pior
Segunda parte do Benfica: É certo que o erro de Rodrigo Zalazar numa fase tão prematura do jogo acabou por ser fatal, mas a perda de fulgor do Benfica e a forma como a equipa se deixou encostar às cordas (sem esquecer as ocasiões desperdiçadas) deixaram os adeptos a temer o pior.
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