O treinador do Gil Vicente mostrou-se hoje "feliz" por ter sido permitida a presença de 1.000 pessoas no jogo entre a sua equipa ao Santa Clara, no sábado, em Ponta Delgada, exprimindo o desejo de "retorno" à normalidade.
O jogo agendado para as 15:00 locais (16:00 de Lisboa), no Estádio de São Miguel, nos Açores, vai ser o primeiro de uma competição profissional em Portugal com público nas bancadas, depois de a Liga de Clubes ter decretado a suspensão das competições em 12 de março, devido à pandemia de covid-19, e Rui Almeida elogiou a medida, até pela postura da "indústria do futebol" nos últimos sete meses.
"Todos nós, envolvidos na indústria do futebol, estamos felizes. Eu particularmente e os jogadores certamente também. Penso que é de realçar que o futebol tem dado uma imagem de responsabilidade em tudo, quer nos testes que são feitos aos profissionais durante a semana, quer no nosso comportamento durante os jogos. Estamos muito felizes. Esperemos que seja o início de um retorno normal", disse hoje, na antevisão ao embate com a turma açoriana.
O Santa Clara e a Liga confirmaram, na terça-feira, que o encontro poderia ter uma assistência de 1.000 pessoas, depois de proposta à Direção Regional da Saúde (DRS) dos Açores (DRS) que aplicasse aos encontros do Santa Clara as normas regionais para a covid-19, que permitem a presença de público em eventos desportivos.
Essa entidade de saúde "aprovou a presença de público" num evento que vai servir de "jogo-piloto", mediante o "limite máximo de 10% da capacidade total do recinto desportivo", que no caso do Estádio de São Miguel é de 1.000 pessoas.
No mesmo comunicado, a equipa açoriana considerou a decisão da DRS Açores um "passo histórico" para a Liga e para o "futebol português em geral".
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 34 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.971 pessoas dos 75.542 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Comentários