Roger Schmidt antecipou a visita ao Estádio do Dragão, marcada para este domingo, às 20h30. O Benfica, campeão nacional em título e líder do campeonato, visita o FC Porto com uma vantagem de 9 pontos sobre os azuis e brancos e de dois pontos sobre o Sporting, que tem um jogo a menos.
Schmidt deixou a garantia de que os dragões ainda estão na luta pelo título, mas (ainda) com a derrota no dérbi como pano de fundo. O técnico alemão deixou duras críticas a Fábio Veríssimo e defendeu que o árbitro da Associação de Futebol de Leiria merece ser criticado: pelo penálti "vergonhoso", que acabou por ser revertido, e pelo golo anulado ao Benfica por fora-de-jogo.
FC Porto-Benfica
"Mais um grande jogo, dois jogos de seguida, fora com o Sporting e fora com o FCP. Os dois jogos mais difíceis que podemos ter, mas fizemos o melhor possível para recuperar. Jogo importante para as duas equipas, já mostraram boa qualidade nas últimas semanas, principalmente na Liga dos Campeões. Vamos tentar fazer o máximo para ganhar o jogo."
Jogámos com eles duas vezes esta época, conhecemo-los muito bem e sabemos que é difícil é um grande desafio, mudaram um pouco a equipa, taticamente muito boa, bons a defender, estão sempre alerta à segunda bola. É um jogo muito difícil, são bem organizados e esperam por encontrar espaços. É difícil jogar com eles em casa, em estádio neutro ou em casa deles. Mas estamos prontos para lutar os 90 minutos para obter o melhor resultado possível. Quanto à pressão, não é um jogo decisivo, mas é sempre um grande jogo, há muitas razões para querermos ganhar."
Benfica só viaja para o Porto no dia do jogo
"Mudámos um pouco a abordagem para dar aos jogadores o máximo de descanso e tempo possível, para estarem em casa, a relaxar e a recuperar. Temos uma experiência muito boa com esta abordagem. Quando jogamos muito tarde e jogamos a cada três dias, é muito importante que os jogadores tenham tempo para descansar e libertar a cabeça. Os jogadores gostam, e, nos jogos, estão muito bem. Temos uma vantagem com esta abordagem, é melhor para os jogadores."
Insatisfação de Artur Cabral, que entrou tarde no dérbi de Alvalade
"Tenho sempre de ter em atenção o equilíbrio da equipa, a melhor abordagem para o onze e os jogadores necessários no banco. Cabe sempre aos jogadores jogarem a um grande nível. Em cada treino e em cada minuto em que jogam pelo Benfica, têm de estar a 100%. Se o fizerem, se forem melhor do que os outros jogadores e se, enquanto equipa, formos melhores com certos jogadores, jogam. As oportunidades são iguais para todos, e tenho de tomar as minhas decisões."
Di María e as críticas à arbitragem do Sporting-Benfica
"Não li, mas percebo se criticou o árbitro. Ele merece ser criticado, tomou uma decisão muito má. Marcámos um segundo golo muito claro, a 100%, e ninguém me pode convencer-me de que estava fora de jogo. A ideia do futebol não é encontrar motivos para anular golos, é marcar golos. Este golo foi lindo e bonito, foi uma pena que o árbitro tenha errado ao anulá-lo. Alterámos o ritmo do jogo. Foi uma pena para os adeptos, porque teria sido muito interessante se tivesse sido validado. É a minha opinião, muito clara. Toda a gente viu o que aconteceu na situação do penálti. O árbitro queria assinalar um penálti naquela situação."
Foi vergonhoso o que aconteceu na área. Foi uma falta de respeito tentar simular um penálti, mas também foi embaraçoso que o árbitro tenha querido assinalar aquele penálti. Todos podemos concordar com isso. O nível da arbitragem e das decisões neste tipo de jogos tem de estar a um nível diferente. Neste jogo, não foi de topo, por isso, é que percebo a 100% que o Ángel não esteja satisfeito."
O FC Porto está afastado da luta pelo título?
"O campeonato português é muito exigente, se queres conquistar títulos, porque tens de lutar contra os rivais e contra o Sporting de Braga. Todas as equipas têm muita qualidade, treinadores com abordagens diferentes, e, quando jogas contra eles, tens sempre de procurar soluções. Os jogos são sempre equilibrados, cada pormenor é decisivo. Na quinta-feira, não estivemos ao melhor nível entre o primeiro e o segundo golo. Começámos bem, mas, depois, jogámos diferente. Houve fases diferentes. Perdemos, mas vi muita qualidade e mentalidade na minha equipa. Reentrar no jogo, marcar, ir atrás do empate. A equipa acredita sempre em si mesma, especialmente nos momentos difíceis, o que nos dá muita confiança para jogos como este."
As opções no ataque do Benfica
"Todos os jogadores querem jogar de início e os 90 minutos. O meu trabalho não é dar-lhes minutos porque marcam. Jogámos contra o Vizela sem eles e marcámos seis golos. Contra o Portimonense, marcámos quatro. Não temos problemas em marcar golos. O meu trabalho é encontrar sempre o melhor equilíbrio para dominar os jogos, com e sem bola, na pressão. Decido sempre a pensar nisso. Todos os avançados podem marcar golos, mas também podemos marcar com os avançados vindos do banco. Não é decisivo. Todos os jogadores têm de aceitar. Cabe-lhes demonstrar que têm tudo, não apenas ao marcar golos, mas ao nível técnico, do envolvimento na pressão, nas transições. Marcar golos não é suficiente para jogar no Benfica."
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