Passaram 19 anos e o Sporting conseguiu finalmente quebrar o jejum sem vencer títulos. Dos campeões de 2001-2002, comandados pelo romeno Lazlo Boloni. só um está ainda no ativo.

Dois deles permanecem ainda ligados ao clube: Hugo Viana, como diretor desportivo e Tiago Ferreira como treinador de guarda-redes.

O menino que já era um prodígio

É o único dos últimos campeões ainda no ativo. Tinha apenas 19 anos, mas não fez figura de corpo presente no primeiro ano na equipa principal do Sporting. Chegou ao clube em 1993/94, com apenas 10 anos e na primeira temporada de leão ao peito, o 'menino' acabou por ser uma peça importante ao somar 36 partidas e ao apontar cinco golos. Na época de estreia apontou três golos, somando 26 jogos e 1296 minutos de utilização.

Logo na primeira jornada, no clássico frente ao FC Porto, vitória por 1-0, entrou aos 22´ da partida na estreia oficial com a camisola dos leões. Logo na segunda jornada, assumiu a titularidade na vitória dos leões no Restelo frente ao Belenenses (0-3).

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Na jornada 11, estreou-se a marcar com a camisola principal do Sporting, na goleada fora de portas frente ao Salgueiros. Viria ainda a marcar mais dois golos nessa temporada, na vitória folgada frente ao Varzim (4-0 - jornada 4 do campeonato) e na jornada 21 em nova vitória gorda dos leões, desta feita frente à União de Leira (4-1).

Na primeira época como sénior deu nas vistas, com as suas fintas alucinantes sobre os adversários. Não só foi campeão nesse ano, como haveria de conquistar a Taça de Portugal em ano de dobradinha para os leões.

Na segunda época do Sporting, voltou a confirmar toda a sua qualidade e consistência, no ano de estreia de Cristiano Ronaldo com a camisola principal dos leões. Contudo, os verdes e brancos não conseguiram dar sequência ao título conquistado em 2001-02 e acabaram no terceiro lugar do campeonato na época seguinte, atrás de Benfica e FC Porto.

Veja um dos golos apontados por Ricardo Quaresma ao serviço do Sporting

O 'trivelas' haveria de se transferir para o Barcelona, em 2003, que pagou cerca de seis milhões de euros pelo seu passe, num negócio que acabou trazer Fábio Rochembach para Alvalade.

Lançado aos 'lobos', num verdadeiro colosso europeu, o extremo não se conseguiu afirmar no emblema blaugrana, condicionado pelas lesões e pela mão relação com o técnico Frank Rijkaard.

Foi no rival FC Porto, clube por quem assinou em 2004, onde viveu alguns dos melhores momentos da carreira. Foi peça fundamental na tática do técnico Co Adiaanse e no triplete conquistado, com o campeonato, Taça de Portugal e Supertaça. Voltaria ao FC Porto em 2013 onde ficou até 2015.

Em 2008 assinou pelo Inter, mas teve sérias dificuldades para se adaptar ao futebol italiano, ainda assim ficam no currículo as conquistas da Série A, Copa de Itália e Liga dos Campeões. Foi cedido ao Chelsea, mas foi ainda menos utilizado, regressando ao Inter em 2009-10.

Rumou depois à Turquia para representar o Besiktas onde pontificou durante sete temporadas, entre duas passagens. Conquistou duas ligas turcas e um Taça da Turquia.

Chegou ao Al-Ahli (Dubai) em 2012-2013, onde realizou apenas 11 jogos e marcou ainda assim três golos. Esteve durante muito tempo ausente dos relvados devido a lesão.

Em 2019/20 envergou a camisola do Kasimpasa da Turquia, onde somou 26 partidas e quatro golos.

Nesta temporada, foi apresentado como reforço do V. Guimarães representando o terceiro clube em Portugal. Na seleção nacional atingiu o apogeu com a conquista do Europeu em 2016.

Técnica

Dono de uma técnica individual impressionante, popularizou-se pela utilização com sucesso da trivela, tanto para servir os companheiros como para marcar golos espetaculares ao longo da carreira.