A centralização dos direitos televisivos da Primeira Liga poderá avançar já na próxima época. Quem o garante é António Salvador, presidente do SC Braga. Numa conversa com os jornalistas à saída da reunião dos presidentes, o líder dos minhotos sublinhou que irá ser criado um grupo de trabalho para debater o tema,

"Somos o quinto país do ranking da UEFA, e, desses, o único ainda sem centralização. Outros países já o fizeram e nós não vamos fugir muito ao que foi feito lá. Esse comité que até janeiro ou fevereiro vai trabalhar irá apresentar aos clubes o modelo de distribuição para os clubes. Ninguém vai querer sair prejudicado. Queremos sim um reajuste de uma maior igualdade, se possível os que recebem mais receberem mais e os que recebem menos receberem muito mais para uma maior igualdade competitiva. O que propus na minha intervenção e todos os clubes concordaram é a Liga trabalhar imediatamente num comité para trabalhar essa questão, em fevereiro apresentar aos clubes e o mais tardar em 2023/24 em vigor. O presidente da Liga foi mais otimista e diz que é possível entrar em funcionamento na próxima época", explicou.

António Salvador sublinhou que a centralizaçao é um marco histórico para o futebol português: "Os contratos assinados, a Liga juntamente com os clubes terão de acordar com as operadoras cedam esses direitos para a centralização. Segundo a Liga nos informou, tem havido essas conversas. Foi uma reunião muito proveitosa para uma viragem do futebol português. Propus que a direção da Liga, com a FPF ou quem o presidente da Liga entender chamar, fazer esse trabalho. Neste momento é importante que seja um grupo curto e apresente aos clubes e sejam discutidas"

Na reunião de presidentes, António Salvador sublinhou que os 'três grandes' mostraram interessa na centralização, algo que o deixa satisfeito.

"Da parte dos três grandes clubes, ouvi que estavam de acordo com centralização. É um facto, tem de ser. O Governo despachou que, até 2025, a Liga e a FPF têm de comunicar qual será a distribuição feita pelos clubes. Caso contrário, será o próprio Governo a fazê-lo e ficará com parte das receitas, algo que os clubes não querem. O que foi pedido à direção da Liga é que criasse um comité de urgência, a partir de amanhã, juntamente com a FPF, para que, até à próxima reunião de presidentes, em fevereiro, esse comité apresente aos clubes a fórmula de distribuição da centralização. Não para 27/28, que é quando acabam os contratos, mas sim o mais rapidamente possível. Queremos um futebol mais competitivo e equitativo. O futebol joga-se com todas a sociedades desportivas", lembrou o líder dos arsenalistas.

Salvador lembrou que "os clubes estão a atravessar uma situação complicadíssima" e sem a "bazuca que o Governo vai ter para o país", é preciso criar formas de fazer face às perdas provocadas pela pandemia mas também tornar os clubes mais competitivos

"Temos de ter capacidade de imaginação para resolver os nossos problemas. É importante sanear a parte financeira dos clubes, mas também é importante que parte desse dinheiro seja para criar infraestruturas e condições para que possamos vender o nosso futebol e os nossos conteúdos e possamos ter outro tipo de receitas", atirou.

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