O Marítimo viu hoje o estádio ser interdito à conta da nota negativa ao relvado após o jogo com o FC Porto, encontro que trouxe mais “alarido por ser mediático” disse à Lusa o presidente do clube da I Liga portuguesa de futebol.
“Uma coisa que não podemos alterar é o mediatismo de cada um dos jogos, porque se o jogo não fosse tão mediático e, se as pessoas já não viessem com a predisposição de arranjar argumentos para uma coisa menos boa que tivesse acontecido, com certeza que o alarido não teria sido tão grande”, afirmou Carlos Pereira, presidente do emblema ‘verde rubro’, enfatizando “que isto tem muito a ver com não saber perder pontos”.
O líder maritimista acusou o FC Porto “de fazer imagens que não correspondem à realidade”, tiradas antes da preparação do campo, enquanto a areia ainda não tinha sido distribuída e “intencionalmente mandar publicar”.
“Bem como um operador da Sport TV, vamos lá saber por quem é que ele foi encomendado, para fazer umas imagens, muito perto, fora da linha de marcação e com alguma intenção”, referiu Carlos Pereira, estendendo as críticas ao treinador portista.
O dirigente ‘verde rubro’ afirmou que Sérgio Conceição “já habituou a não saber perder”, referindo que o técnico português “a não saber perder, obriga-se a ‘bater’ quase em tudo e em todos, incluindo, no seu vice-presidente, que para não lhe dar um soco, deu no vidro do banco”.
“Como também, enquanto treinador do Braga não foi capaz de conter a sua insatisfação e deu uma bofetada no nosso diretor. Como também não é possível que na semana passada, no jogo do Famalicão, pudesse ter uma contenção verbal, quando a culpa pode ser atribuída a ele exclusivamente, por aquilo que tem sido um mau jogo que o Porto tem praticado”, continuou o presidente insular.
Para Carlos Pereira o jogo de domingo diante do FC Porto, “teve a ver a raça contra a vaidade”, enfatizando que o “Marítimo levou a vantagem de querer vencer”,
“Como também não posso esquecer e penso que não deve ter sido da relva que na época passada o Marítimo foi ganhar ao Estádio do Dragão”, frisou.
Os ‘verde rubros’ ficaram hoje com o estádio interditado após o relvado ter recebido nota negativa da Comissão Técnica da Liga de clubes pela segunda vez, “medida que resulta de novas regras estabelecidas pela Liga Portugal para a época 2021-22” de acordo com o sítio do organismo na Internet.
O relvado recebeu uma classificação de 1,67, numa escala até cinco, após a receção dos insulares ao FC Porto, no domingo, para a terceira jornada da I Liga, a primeira nota negativa (2,06) foi na primeira jornada diante do Sporting de Braga (0-2).
“Que o relvado esteja visualmente menos conseguido eu até posso admitir, mas também sabendo do acompanhamento que tem sido feito por parte da própria Liga, acho que é a própria Liga a dizer mal daqueles que trabalham efetivamente para si”, afirmou o dirigente, culpando as altas temperaturas que se fizeram sentir na região, que causaram um “efeito estufa” no recinto desportivo.
O dirigente dos ‘leões’ da Madeira garantiu à Lusa que o plano de reabilitação está a ser acompanhado pela Liga e conta com a “ajuda de técnicos” e que o clube não tem feito contenção de gastos para melhorar as condições da relva.
Com a previsão de diminuição das temperaturas e uma paragem para jogos de seleções, o presidente maritimista está confiante que a receção ao Arouca, em 12 de setembro, será no estádio dos Barreiros, mas não descarta o Complexo Desportivo da Madeira, na Ribeira Brava, como alternativa.
“Se não for possível, o que eu não acredito, porque a temperatura a baixar da forma como nós sentimos que esta semana e na próxima vai baixar, nós vamos ter condições para recuperar. Se assim não for, nós já solicitamos vistorias para podermos utilizar o Complexo Desportivo da Madeira”, disse, referindo que jogar no continente “não é opção”.
Segundo um comunicado publicado hoje pela Liga Portugal, o Estádio do Marítimo vai receber na terça-feira, uma visita da Comissão Técnica de Vistorias (CTV).
“Será a CTV, após a interdição preventiva já decretada, a recomendar à Direção da Liga as medidas administrativas a ser aplicadas, sendo ainda da competência desta Comissão a avaliação positiva para que a interdição possa ser levantada”, pode ler-se no mesmo documento.
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