A cumprir a pré-época ao serviço do Al Wahda (Emirados Árabes Unidos), em entrevista ao canal 11, Pizzi destacou o papel que Roger Schmidt tem tido no Benfica até ao momento, e falou ainda do momento da saída.
"Fiz a pré-época com Roger Schmidt e constatei que se trata de um treinador diferente. Gostei bastante. Tem uma mentalidade totalmente diferente do que estamos habituados no futebol português. É importante que os técnicos que não estejam nesta bolha das polémicas das arbitragens, das direções. O Benfica, a direção e o presidente, Rui Costa, acho que fizeram a escolha certa. Gostei muito", disse.
Mentalidade do alemão
"É uma mentalidade diferente. É muito próximo dos jogadores, muito frontal, mas com muito respeito por todos os jogadores. E dentro de campo, a ideia de jogo é muito ofensiva,c« cin bola para a frente, sempre. Tem tudo para dar certo, oxalá, para o bem do Benfica e para a minha felicidade. Espero que conquistem muitos títulos e fico a torcer por isso."
Sobre os melhores técnicos da carreira
"Simeone [na passagem pelo Atlético de Madrid] privilegiava muito a força, a potência. Foi uma mudança diferente do que estávamos habituados. Trouxe muitos resultados e o Atlético cresceu a um nível inacreditável com ele.". É-me difícil eleger o melhor treinador. Todos me ensinaram, retirei de todos um pouco do que sou hoje. A nível tático, Jorge Jesus. Trabalha muito bem, no campo e em vídeos. Vai mesmo ao pormenor, mas é mesmo muito bom. E a prova é que as equipas dele defendem muito bem. A nível tático foi o treinador com o qual aprendi mais. No Benfica, tirou-me da ala e passou-me a número 8. Levei bastantes 'duras' dele. Mas chamava-me à parte, explicava-me. Até quando o Enzo [Pérez] estava para sair, me chamou logo para me explicar a função, o lugar dele, que eu iria fazer desde aí. Cresci muito com Jesus", disse.
Ter trabalhado com Rui Vitória
"Já tinha estado com ele no P. Ferreira: fomos felizes, ganhámos muitos títulos», afirmou Pizzi, sobre o atual selecionador do Egito."
Elogios a Bruno Lage
"Com quem tive mais prazer a jogar, foi com Bruno Lage. Treinos muito bons, gostava muito. Jonas, Rafa, Seferovic, João Félix, Florentino e eu relacionávamo-nos muito bem, fizemos uma época muito boa, marcámos mais de 100 golos. Éramos muito felizes dentro de campo", disse.
O médio abordou ainda a polémica saída do Benfica.
"Saí por vontade própria, porque senti que o meu ciclo no Benfica tinha terminado e porque queria procurar novos desafios, coisas diferentes. Surgiu a oportunidade. Aliar a parte financeira e o conforto. E o míster Carvalhal foi muito importante. Acabei por pensar que o meu ciclo tinha terminado. Amo o Benfica, quero muito que sejam campeões. Libertar o Benfica do Pizzi e o Pizzi do Benfica. Possivelmente no futuro poderia e não quero ser entrave para o que quer que seja. Decidi por vontade própria."
Sobre o adeus
"É um misto de sentimentos. Tinha acabado de deixar clube onde fui muito feliz e do qual gosto muito. Sensação de 'deixaste a tua marca', 'marcaste estas pessoas'. Nos últimos tempos não foi o nome do Pizzi jogador que foi posto em causa, mas o nome da pessoa. Isso magoou-me. Foi sentimento muito bom para mim."
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