É um das mais sonantes caras novas da I Liga portuguesa 2020/21. Campeão do Mundo pela França em 2018, Adil Rami, veterano defesa central de 34 anos, transferiu-se esta temporada para o Boavista, por quem já se estreou, com duas partidas disputadas. Sempre polémico, o jogador que em tempos chegou a namorar com a icónica atriz Pamela Anderson, concedeu uma entrevista ao 'Le Figaro' a propósito do lançamento do seu livro, 'Autopsi'.
Uma entrevista na qual o agora jogador dos 'axadrezados' fez uma retrospetiva da sua carreira, do porquê de não ter chegado ainda mais longe e de todas as polémicas que viveu, inclusive na relação com a antiga estrela da série 'Marés Vivas'. Rami começou por reconhecer que podia ter ido ainda mais além, não fosse o estilo de vida que foi levando ao longo dos anos.
"Podia ter tido uma carreira melhor se tivesse um estilo de vida melhor. Muitas saídas, muitas mulheres e não prestei atenção ao meu peso. O meu grande problema era a comida. Eu amo comer. É pena, porque quando estou 100 por cento fisicamente nenhum avançado no mundo me assusta!", sublinhou, quando questionado sobre o que gostaria de ter feito diferente na sua carreira, que arrancou em 2006, no Lille.
Rami falou também dos treinadores que mais o marcaram, destacando, entre outros, o atual selecionador francês, Didier Deschamps, às ordens de quem conquistou o título mundial em 2018. "Pascal Planque, Claude Puel, Unai Emery e Didier Deschamps foram quem mais me marcou. Com Deschamps não foi fácil de início. Cheguei a odiá-lo. Agora dou-lhe graças. Quando ganhámos o Mundial, fui falar com ele e desculpar-me. Achava-o demasiado rígido, sempre a pensar em trabalhar. Eu gosto de trabalht, mas não 24 horas por dia. Também é necessário descansar. E nem sempre nos entendemos sobre isso", explicou.
Quanto a momentos polémicos, um deles sucedeu com Marselha, de onde foi demitido, acusado de conduta imprópria devido a uma má relação e inúmeros desentendimentos com o presidente do clube, Jacques-Henri Eyraud. "Amo aquele clube e a todos o que o seguem, mas há uma pessoa que odeio [o presidente Jacques Henry-Eyraud]. Ele está acostumado a trabalhar com o Mickey Mouse e com o Pateta [Henry-Eyraud trabalhou na Disney] e acredita que o mundo do futebol é igual. Faltou-me ao respeito e as pessoas não conhecem os verdadeiros motivos da minha saída. Ainda não os posso revelar, mas um dia saberão a verdade. A questão ainda está em tribunal. Despediram-me sem justa causa e a justiça fará o seu trabaho", salientou.
O defesa falou ainda das acusações de que foi alvo de violência doméstica aquando da sua relação com Pamela Anderson. "Sei o que ela quis fazer ao acusar-me disso. Quando alguém fala primeiro nas redes sociais, acha-se que diz a verdade absoluta. Quis esmagar-me. Nunca apresentou queixa, porque nunca se passou nada do que ela disse. Tenho vídeos e fotos que o podem desmentir. Acabou e não quero voltar a ter qualquer tipo de relação com ela", garantiu Rami, 36 vezes internacional por França, que passou ainda por clubes como o Sevilha, o Milan ou o Valência.
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