A Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou, esta terça-feira, que no âmbito da investigação denominada "Operação Fora de Jogo" foram constituídos 47 arguidos, 24 pessoas coletivas e 23 pessoas singulares, entre os quais jogadores de futebol, agentes, advogados e dirigentes.

"Em causa estão suspeitas da prática de factos suscetíveis de integrarem crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. No inquérito investigam-se negócios do futebol profissional, efetuados a partir do ano de 2015, e que terão envolvido atuações destinadas a evitar o pagamento das prestações tributárias devidas ao Estado português, através da ocultação ou alteração de valores e outros atos inerentes a esses negócios com reflexo na determinação das mesmas prestações", pode ler-se na nota enviada às redações.

No decurso da operação foram realizadas, num total de 56 locais, 40 buscas domiciliárias e 31 buscas não domiciliárias, designadamente, em diversos clubes de futebol e respetivas sociedades e 5 buscas a escritórios de advogados.

Estas diligências decorreram em vários pontos do território nacional e envolveram 11 magistrados do Ministério Público do DCIAP, 7 magistrados judiciais, 101 inspetores Tributários e 181 militares da Unidade da Acção Fiscal da Guarda Nacional Republicana (GNR).

De referir que as SAD de Benfica, FC Porto, Sporting, Sporting de Braga e Vitória de Guimarães confirmaram a realização de buscas, atestando a disponibilidade para colaborarem com as autoridades.