O FC Porto atravessa nesta altura o período de pior produtividade ofensiva na Primeira Liga desde que Sérgio Conceição assumiu as rédeas da equipa portista. Com efeito, os dragões somam apenas onze golos marcados à oitava jornada, golos que, apesar de escassos, permitiram a conquista de 19 pontos e o atual terceiro lugar na tabela classificativa.
Os melhores marcadores dos azuis e brancos são, nesta altura, Evanilson, Toni Martínez e Iván Marcano, todos com dois golos cada. Para este registo contribui também a pouca inspiração de Taremi; o avançado iraniano, melhor marcador do último campeonato, soma apenas dois golos esta época, e apenas um dos quais na Primeira Liga.
Olhando para as 18 equipas do campeonato, verificamos que os dragões têm apenas o nono melhor registo ofensivo, estando longe do SC Braga, atualmente o melhor ataque da Liga com vinte golos marcados.
Para encontrarmos um registo idêntico temos de recuar à temporada 2008/2009. Aí, e sob o comando técnico de Jesualdo Ferreira, o FC Porto tinha precisamente onze golos apontados à oitava jornada. Curiosamente, nesse ano a formação portista acabou por se sagrar campeã nacional, terminando a liga com o melhor ataque (61 golos apontados) e a melhor defesa (18 sofridos).
Quando questionado acerca da pouca produtividade ofensiva da sua equipa, Sérgio Conceição afirma que ficaria mais preocupado se os seus jogadores não fossem capazes de criar oportunidades. O técnico portista abordou esse tema após o final da última partida diante do Portimonense.
"Se tivéssemos ganho por 4-0 ou 5-0 deixava-me sempre a pensar, cada jogo dá-nos coisas positivas e outras não tão positivas. Temos de trabalhar em cima de cada jogo. Ganhar por 1-0 é curto para o que se passou, o jogo foi de sentido único. (...) Criámos muito, preocupar-me-ia se não conseguíssemos criar, se não fôssemos a equipa que fomos. Há coisas a melhorar, os jogadores e equipa estão a crescer, a evoluir, mas faz parte do nosso trabalho, sempre melhorar dia a dia para que sejamos mais fortes", disse Conceição.
Comentários