Pinto da Costa deu uma entrevista ao Porto Canal, onde abordou vários temas da atualidade portista. As eleições deste domingo, onde o líder azul-e-branco foi eleito por mais um mandato foi um dos temas. Pinto da Costa desafia os seus adversários a apresentarem candidaturas à liderança do clube. Liderança essa onde não gostaria de ver ninguém da sua família.
"Durante anos não faltam candidatos, quando chega a altura de serem candidatos, é só ratos a fugir. A única pessoa que eu não gostava, e tenho a certeza que não será meu sucessor, é nenhum dos meus filhos. Porque não quero que nenhum dos meus filhos passe por coisas que eu passei. Não gostaria de ver nenhum dos meus filhos, ou a minha mulher, que é sócia do FC Porto, serem meus sucessores. Se eles quisessem ser candidatos, até pensava em continuar só para não passarem pelo que eu passo", disse Pinto da Costa, antes de falar da sua possível sucessão.
"Há gente dentro do FC Porto capaz, há gente também de fora e na altura em que eu sair devem ser os sócios a escolher. E os sócios para escolherem devem estar livres para escolher. O que gostava era que fossem várias candidaturas para os sócios escolherem. Indicar, eu não indicarei. Mas sei que há pessoas no FC Porto que têm capacidade e que poderia esperar o melhor delas", afirmou.
O líder dos "dragões" falou ainda das eleições de domingo e do facto de ter sido eleito com ´apenas` 79 por cento dos votos, quando nas eleições recentes tinha ganho sempre com mais de 95 por cento.
"Hoje vi nas gordas dos jornais que fui eleito com um cartão amarelo. Eu ri-me porque pensei assim: se com 79 por cento, sabendo que 21 por cento foram nulos por excesso de apoio, que houve mais votantes, depois do apelo ao voto nulo...Mas se eu vi amarelo com 79 por cento, que irá pensar o presidente da República que foi eleito com 52 por cento. Então isso foi um cartão laranja. Todos aqueles que fizeram campanha pelo voto nulo devem sentir-se frustrados porque houve uma duplicação de votantes numas eleições com lista única. E isso não depende de mim", defendeu.
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