Mustafá, líder da claque Juventude Leonina, emitiu um comunicado nas redes sociais onde esclareceu vários temas, entre os quais o lançamento de tochas a Rui Patrício durante o Sporting-Benfica da última época, o apartamento onde vive na Quinta da Aroeira e ainda as acusações de Frederico Varandas.
Sobre as tochas no jogo de Alvalade, Mustafá "em momento algum foi nosso objetivo atingir o nosso guarda-redes (ainda por cima num jogo tão importante como o que se iria disputar), sendo que a probabilidade de ser o Rui Patrício a estar naquela baliza na primeira parte era de 50%."
"Quero uma vez mais esclarecer (como já foi feito anteriormente pela Juventude Leonina) que as tochas não foram dirigidas ao ex-guarda-redes Rui Patrício, muito menos sob ordens de alguém. Como é sabido pela maioria dos adeptos de futebol, estes artefactos pirotécnicos são utilizados por todos os clubes, fazendo parte de coreografias planeadas para causar impacto visual e habitualmente realizadas no início dos jogos. Em momento algum foi nosso objetivo atingir o nosso guarda-redes (ainda por cima num jogo tão importante como o que se iria disputar), sendo que a probabilidade de ser o Rui Patrício a estar naquela baliza na primeira parte do jogo era de 50%", escreveu no comunicado.
O líder da claque Juve Leo falou ainda da notícia publicada pelo Correio da Manhã na terça-feira onde era referido que ganhava apenas dois mil euros por mês e que pagava 600 euros por mês de um empréstimo numa casa na Quinta da Aroeira. "Efetivamente vivo na Aroeira, num apartamento T2 alugado (o mínimo para um casal e uma criança), do qual pago a renda mensal de 600 euros. Segundo dados estatísticos oficiais, o valor médio das rendas em Lisboa está acima dos 830 euros", escreveu.
Por fim, Mustafá esclareceu a legada abordagem hostil a jogadores do Sporting em Londres, denunciada por Frederico Varandas. O líder da claque dos leões garantiu não existir qualquer desentendimento com o presidente leonino, mas apelidou as acusações de "difamação".
"A Juventude Leonina tem mais de 3000 sócios ativos, sendo que qualquer adepto a título individual pode realizar este tipo de ações. Atribuir de forma caluniosa estes acontecimentos à claque é mais um ato de difamação. Estou convicto de que não foram estas as declarações do nosso presidente Frederico Varandas, uma vez que até à data não houve qualquer confirmação desta abordagem por parte de nenhum elemento da claque Juventude Leonina", finalizou.
Em 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na Academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados, que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.
O antigo oficial de ligação aos adeptos (OLA) do clube Bruno Jacinto está entre os arguidos presos preventivamente, sendo acusado de autoria moral do ataque, tal como o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e o líder da Juventude Leonina Mustafá.
Aos arguidos, que participaram diretamente no ataque, o MP imputa-lhes a coautoria de crimes de terrorismo, 40 crimes de ameaça agravada, 38 crimes de sequestro, dois crimes de dano com violência, um crime de detenção de arma proibida agravado e um de introdução em lugar vedado ao público.
Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. Mustafá está também acusado de um crime de tráfico de droga.
No seguimento do ataque, nove jogadores rescindiram unilateralmente os contratos com o Sporting, e quatro deles, Daniel Podence, Gelson Martins, Ruben Ribeiro e Rafael Leão, mantêm-se em litígio com o clube.
William Carvalho e Rui Patrício acordaram os valores para a sua saída, enquanto Bas Dost, Bruno Fernandes e Rodrigo Battaglia voltaram atrás na decisão de abandonar o clube.
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