17 de fevereiro de 2020

Marega abandona o jogo do FC Porto frente ao Vitória de Guimarães, ao minuto 71 depois de ter sido vítima de insultos racistas ao longo da partida pelos adeptos da casa. Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa (bem como várias outras personalidades) colocaram-se ao lado do avançado maliano.

15 de outubro de 2019

Shade Pratt do Sporting de Braga, revelou ter sido vitima de insultos racistas na visita ao terreno do Cadima a 13 de outubro, em encontro da I Liga de futebol feminino.Os 'gverreiros' realizaram o uma participação disciplinar à Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

18 de abril de 2019

Maria Malta e Catarina Lopes, do A-dos-Francos,  foram suspensas por 30 dias pelo Conselho de Disciplina da FPF, devido a insultos racistas dirigidos à brasileira Milena Bispo, do Boavista, em jogo da 19.ª jornada da I Liga de futebol feminino.

17 de fevereiro de 2019

Seidy e Duda, do Mortágua FC, foram alvo de insultos racistas na partida em casa do ACDR Lamelas. O Mortágua divulgou o vídeo dos insultos. 

30 de dezembro de 2018

O Vitória de Guimarães avançou com uma exposição à FPF, alegando que a equipa sub-15 e familiares dos jogadores foram vítimas de racismo e de agressões na goleada imposta no recinto do Boavista, da quinta jornada da segunda fase do campeonato nacional, caso desmentido pelos ‘axadrezados’, que acusaram os conquistadores de passarem uma 'notícia falsa e alarmista'.

12 de fevereiro de 2018

O defesa costa-marfinense Konan, do Vitória de Guimarães, lamentou nas redes sociais ter recebido mensagens com insultos racistas nas horas subsequentes à derrota com o Boavista (1-0), para a 22.ª jornada da I Liga.

29 de novembro de 2017

O Sporting de Braga foi punido com um jogo à porta fechada e condenado ao pagamento de uma multa de 22.950 euros devido ao comportamento racista dos adeptos no triunfo forasteiro sobre o Desportivo das Aves (2-0), em 20 de agosto, para a terceira jornada da I Liga. O presidente António Salvador classificou a decisão do Conselho de Disciplina da FPF como “uma afronta” ao clube minhoto, que recorreu e foi ilibado em janeiro de 2018.

27 de março de 2017

O Rio Ave foi multado pelo Conselho de Disciplina da FPF em 536 euros devido aos cânticos de cariz racista contra o médio Renato Sanches, na derrota caseira com o Benfica, em abril de 2016, da 31.ª jornada da I Liga.

15 de março de 2016

O Leixões foi punido com dois jogos à porta fechada e multado em 16.421 euros pelo Conselho de Disciplina da FPF, devido às manifestações racistas dos adeptos na visita ao Desportivo das Aves em 11 de outubro de 2015, e nas receções ao Farense e Oriental, em 14 de novembro e 09 de dezembro, respetivamente. Os matosinhenses interpuseram recurso, mas o Conselho de Justiça manteve o castigo decretado pelo órgão disciplinar federativo nas três partidas da II Liga.

28 de fevereiro de 2015

João Baltazar, treinador da equipa de sub-17 de hóquei em patins do Sporting revelou ter sido vitima de insultos racistas por um adepto no Pavilhão da Luz, no jogo da equipa 'leonina' frente ao Benfica. Quem acabou por ser identificado pela polícia foi o treinador.

05 de abril de 2013

O Leixões condenado a um jogo à porta fechada devido ao comportamento racista dos seus adeptos na 11.ª jornada da II Liga de 2012/2013, frente ao Belenenses. A penas seria cumprida na 35.ª jornada da II Liga, frente ao Desportivo das Aves, mas a decisão acabou por ser suspensa graças a uma providência cautelas interposta pelo clube de matosinhos e aceite poelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa. A punição acabou por ser confirmada pelo tribunal e o Leixões recebeu o Atlético à porta fechada, em encontro da Taça da Liga.  

16 de fevereiro de 2012

Durante o FC Porto - Manchester City, para os 16-avos de final da Liga Europa, os adeptos dos 'dragões' terão insultado Balotelli e Yaya Toure com "imitações de macacos", insultos negados pelos responsáveis dos 'azuis-e-brancos'. A UEFA abriu um processo disciplinar e o FC Porto acabou por ser punido com uma multa de 20 mil euros. 

6 de novembro de 2011

Após um Sporting de Braga - Benfica, em 2011, Alan, do SC Braga afirmou que Javi Garcia, do Benfica, o tinha insultado durante a partida chamando-lhe "preto" e que terá desejado que os seus filhos "morressem", em declarações à Radio Renascença. Djamal, na altura jogador do SC Braga, conformou estes insultos, que foram negados por Javi e por Luís Filipe VieiraEm 2018, Alan recordou o incidente numa entrevista ao jornal 'Expresso'. 

Este domingo, Marega foi substituído ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, entre o FC Porto e o Vitória de Guimarães, depois de ter sido alvo de cânticos e gritos racistas por parte de adeptos da equipa minhota.

Vários jogadores do FC Porto e do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado com que terminou o encontro. O emblema minhoto pode ser punido com um a três jogos a porta fechada, de acordo o Regulamento Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) sobre atos que “promovam, consintam ou tolerem” comportamentos racistas.

O artigo 113.º do regulamento em vigor define as sanções a “comportamentos discriminatórios em função da raça, religião ou ideologia”.

A caso ganhou contornos internacionais e foi notícia lá fora, sendo noticiado em várias televisões mas também em jornais online.

Em Portugal, vários clubes mostraram a sua solidariedade para com Moussa Marega, entre eles o Rio Ave, o Sporting, o SC Braga.

O caso extravassou o futebol e foi comentado por vários quadrantes políticos, quase todos a reprovarem os insultos racistas contra o maliano.

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Dirigentes e deputados de vários partidos, incluindo os líderes do CDS-PP, da Iniciativa Liberal comentaram na redes sociais condenando os insultos dirigidos ao jogador Marega, do FC Porto.

O primeiro-ministro manifestou também a sua "solidariedade" com Marega e o "repúdio total" por atos racistas contra o futebolista do FC Porto, esperando que "as autoridades ajam como lhes compete" para impedir que voltem a acontecer. Antes, o secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, tinha repudiado os insultos racistas de que foi vítima Marega, salientando que estes atos atentam contra a Constituição e devem ter consequências. Já o Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo, em entrevista à RTP, elogiou a decisão do maliano em abandonar o terreno de jogo.

O Bloco de Esquerda (BE) quer saber que medidas concretas vai o Governo tomar na sequência dos insultos racistas de que foi alvo o jogador do FC Porto Marega durante um encontro no domingo com o Vitória de Guimarães. Em comunicado, o BE dirige algumas perguntas ao Ministério da Educação e, em concreto, à secretaria de Estado do Desporto e da Juventude, e presta a sua solidariedade para com Moussa Marega e para com “todos os que não desistem de fazer da prática desportiva uma casa da igualdade”.

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O Presidente da República condenou, esta segunda-feira, os insultos racistas de que o jogador do FC Porto Marega foi alvo no domingo, lembrando que a Constituição da República é muito clara na condenação do racismo, xenofobia e discriminação. O Presidente da República sublinhou que só pode “condenar, como sempre, veementemente, todas as manifestações racistas, quaisquer que sejam”.

A associação SOS Racismo defendeu que os responsáveis pelos insultos racistas ao futebolista Moussa Marega devem ser "severamente punidos", considerando que o fenómeno tem que ser "enfrentado antes que se torne incontrolável". A SOS Racismo saúda a decisão de Marega abandonar o relvado, considerando que "era o que todos os presentes deviam ter feito", começando pela equipa de arbitragem.

O PCP pediu  a audição, no parlamento, do ministro da Administração Interna, secretário de Estado do Desporto e Liga de Clubes sobre "medidas a adotar" depois das "manifestações de racismo" contra o futebolista Marega.

Opinião diferente teve André Ventura, deputado e líder do partido CHEGA, que desvalorizou o caso, e disse que as reações eram eram "o síndrome Joacine que começa a invadir as mentalidades".

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A PSP está a tentar identificar os adeptos suspeitos de dirigirem palavras e gestos racistas e xenófobos a Marega, do FC Porto, cometendo assim infrações criminais e contraordenacionais, informou hoje a direção da PSP. A PSP sublinha que o comportamento dos adeptos suspeitos configura um crime previsto e punido no Código Penal com pena de prisão de seis meses a 5 anos. Além da vertente criminal, a PSP acrescenta que tal comportamento de adeptos constitui contraordenação, pois “a prática de atos ou o incitamento à violência, ao racismo, à xenofobia e à intolerância nos espetáculos desportivos" pode ser punida com coima entre 1.000 e 10.000 euros.

*Artigo atualizado às 16h00

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