Questionado sobre as consequências dos incidentes no túnel da Luz, Lucílio Baptista foi claro: "Ainda não fui ouvido, mas estou disponível. Há um elemento da minha equipa que já foi ouvido, mas eu ainda não fui." Todavia, escusou-se a responder se tinha presenciado as alegadas agressões de jogadores do FC Porto aos stewards presentes no túnel. "Não vou comentar, não me façam perguntas difíceis", frisou hoje o árbitro, à margem da entrega das insígnias da FIFA para os internacionais da arbitragem portuguesa, na sede da FPF, em Lisboa.
O árbitro, de 44 anos, garantiu ainda não ter sido pressionado ou alvo de "ameaças" na sequência do clássico, mas a pressão mediática leva o internacional português a reconhecer as dificuldades de pertencer a esta classe em Portugal. "É difícil ser árbitro em Portugal. Somos um país latino e há dificuldades acrescidas para nós, tal como para os espanhóis, italianos, etc. Há que saber reagir e estar preparado", sublinhou.
Lucílio Baptista congratulou-se por "pertencer à elite do futebol português" e formulou um desejo para 2010: "Desejo que a selecção seja campeã do Mundo. Se a selecção estiver bem, os árbitros também estarão. Sinto orgulho de pertencer à quinta melhor selecção do Mundo."
Em jeito de despedida, num ano em que vai atingir o limite dos 45 anos para a carreira de árbitro, Lucílio Baptista não escondeu o orgulho. "Valeu a pena ser árbitro e vai sempre valer a pena", concluiu.
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