O presidente da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), Luciano Gonçalves, vai recandidatar-se a um terceiro mandato no organismo por considerar que a sua “missão” ainda “está incompleta”, anunciou hoje o dirigente à agência Lusa.
“Sim, confirmo a minha recandidatura. O motivo é por considerar que a missão ainda está incompleta”, afirmou o lider da associação nacional de árbitros de futebol, questionado sobre o ato eleitoral do organismo, previsto para 28 de março.
Eleito pela primeira vez em 2016, o antigo árbitro da AF Leiria decidiu avançar para o último conjunto de quatro anos por considerar que “faz sentido” que a equipa que o tem acompanhado, e que “vai continuar toda, mais ou menos, a mesma”, possa “iniciar e acabar o projeto que idealizou e pensou”.
“Estes são os três principais pilares [da recandidatura]: o centro de estágios, a questão do profissionalismo e da retenção [de árbitros]”, apontou Luciano Gonçalves.
A construção de um centro de estágios para os árbitros portugueses será “um marco histórico”, comentou o dirigente, enquanto “o projeto de recrutamento está a ser feito, mas convém efetivar com a retenção”.
Nesse sentido, Luciano Gonçalves pretende que a APAF possa “contribuir para dar mais formação em áreas não técnicas” aos seus associados, contribuindo para a sua “valorização” e promovendo a “humanização da figura do árbitro”.
“Contribuirmos para a humanização, para comunicarmos mais, ajudarmos a que o árbitro seja cada vez mais reconhecido na sociedade como um elemento que faz parte do jogo”, definiu.
Outro dos objetivos do ‘elenco’ de Luciano Gonçalves será “colocar métricas” no desempenho da arbitragem portuguesa, quer ao nível da sua representação internacional, quer ao nível da retenção.
“Temos de assumir que um dos objetivos é que nos próximos Europeu e Mundial temos de ter árbitros portugueses representados. Outra métrica tem a ver com termos mais árbitros, uma taxa de abandono menor, porque se o conseguirmos significa que estamos efetivamente a conseguir alterar aquilo que são os motivos de abandono”, apontou.
A lista liderada por Luciano Gonçalves é, pelo menos até ao momento, a única candidata e inclui nos diversos órgãos sociais “pessoas com algum peso”.
“Artur Soares Dias será presidente do Conselho Consultivo, o presidente da Mesa de Assembleia Geral será Luís Godinho, a presidente do Conselho será a Sílvia Domingos, árbitra internacional de futebol feminino, e Gustavo Barros, árbitro internacional de futebol de praia e de 1.ª Divisão de futsal, será presidente do Conselho Fiscal”, elencou.
Questionado pela agência Lusa sobre se este último mandato na APAF poderá anteceder uma eventual liderança do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Luciano Gonçalves garantiu que “é prematuro falar disso”.
“O meu foco é 100% o projeto da APAF, é 100% o projeto do centro de estágios, fazermos com que a APAF seja uma entidade formadora certificada e contribuir, junto dos conselhos de arbitragem nacional e distritais, para dar mais e melhor formação aos árbitros. Esse é o meu foco e da minha equipa”, frisou Luciano Gonçalves.
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