No sábado, foi divulgado um vídeo nas redes sociais e em vários meios de comunicação social no qual se vê um homem, com uma criança pequena ao colo, ambos com camisolas do FC Porto vestidas, a serem insultados e, alegadamente, cuspidos por adeptos do Estoril, situação que obrigou o referido adepto portista a afastar-se do lugar em que se encontrava sentado na bancada.
Face a esta situação, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, pediu uma “reflexão conjunta”, frisando que “ninguém” pode ficar ausente desta discussão.
“O choro de uma criança, apavorada, agarrada aos braços do seu pai, num estádio de futebol, deveria ser suficiente para nos fazer… PARAR!!!”, escreveu Pedro Proença, na rede social Facebook.
O líder da LPFP fez questão de “repudiar, de forma firme e convicta, todos os atos que configurem atentados a todos quantos constroem o espetáculo que deve ser o futebol”, num “momento de retoma” da competições e em que se pretende “fazer regressar as famílias aos palcos desportivos”.
“Teremos de ser intransigentes na defesa destes valores, certos, contudo, de que a mudança começa em cada um de nós, na reflexão sobre o que é o desporto e a cidadania. Essa reflexão constituirá uma parte substancial deste caminho. Não desistiremos de defender o que está certo e de reclamar meios e condições para o efetivar”, salientou Proença.
Esta é a segunda vez no espaço de uma semana que tanto o secretário de Estado da Juventude e do Desporto como o presidente da LPFP lamentam incidentes ocorridos com adeptos em estádios da I Liga.
Há precisamente uma semana, uma criança foi obrigada a despir uma camisola do Benfica no estádio do Famalicão, por se encontrar, juntamente com o pai, numa bancada com maioria de adeptos locais.
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