O treinador Jesualdo Ferreira reconheceu hoje a urgência de o Boavista readquirir estofo mental na fuga à despromoção na receção ao lanterna-vermelha Farense, no domingo, em encontro da 24.ª jornada da I Liga de futebol.
“Este jogo não foge daquilo que tem sido a nossa preocupação. Qual é? Garantir que podemos continuar a ganhar em casa, após termos ultrapassado um período menos positivo de desafios no Bessa, de forma a estabilizar emocionalmente esta equipa”, admitiu o técnico, em declarações publicadas nas redes sociais dos ‘axadrezados’.
Os portuenses têm vindo a melhorar um dos piores registos caseiros da prova, graças a triunfos recentes sobre Moreirense (1-0) e Famalicão (3-0), aos quais se sucedeu uma derrota com o Benfica (0-2), na qual atuaram 82 minutos em inferioridade numérica.
“Tivemos alguns problemas para gerir do ponto de vista físico, como resultado do stress emocional que vivemos [na Luz]. Não é fácil jogar 90 minutos ou mais contra o Benfica. O enquadramento da Luz pressiona sobre quem lá joga, mesmo sem público, mas nós fomos uma equipa honesta e séria, olhando de frente para o adversário”, notou.
Jesualdo Ferreira ficou convencido de que a maturação tática do Boavista “é evidente e está em crescimento”, podendo ser vantajosa para favorecer uma “melhor expressão” em campo, sem “aquela ansiedade normal” das equipas inseridas na luta pela permanência.
“Neste momento, só temos de estar confiantes e olhar de frente para o jogo com o Farense, com respeito pelo nosso adversário, mas sem deixar de colocar cá fora aquilo que é importante, como a confiança e, acima de tudo, uma disponibilidade muito grande para podermos brigar durante os 90 minutos pela conquista dos três pontos”, analisou.
Além de ter voltado a nomear o próximo desafio dos ‘axadrezados’ como “uma final”, até pela “densidade de equipas” nos últimos lugares da classificação, o treinador admite a pretensão de abandonar um “estado de espírito” normalizado “ao fim de tanto tempo”.
“Cada jogo vai ser sempre uma final para nós. É importante encarar as coisas assim, porque não há em momento nenhum, muito menos agora, um minuto ou um segundo de falta de foco. Estamos cientes das dificuldades com que vivemos e do nosso trajeto. Os jogadores já o perceberam e foram dando boas respostas pontualmente”, recordou.
Miguel Reisinho continua lesionado e Chidozie cumprirá um jogo de suspensão pelo cartão vermelho direto visto frente ao Benfica, enquanto Adil Rami e Nuno Santos, que ficou excluído da última ronda por questões regulamentares, estão em dúvida.
“Fizemos três jogos difíceis fora frente a Benfica, FC Porto e Vitória de Guimarães e conseguimos superar aquela dificuldade que existia de ganhar em casa, que foi conquistada pelos jogadores. Agora, só têm de ir atrás daquilo que é importante, que é sermos mais fortes do que os adversários em casa”, concluiu Jesualdo Ferreira.
O Boavista, 16.º e antepenúltimo colocado, com 21 pontos, recebe o Farense, 18.º e último, com 19, no domingo, às 17:30, no Estádio do Bessa, no Porto, num encontro da 24.ª jornada da I Liga, com arbitragem de Hugo Miguel, da associação de Lisboa.
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