Nelson chegou ao futebol há 16 anos. “O sonho de criança era jogar no Torreense” e nunca imaginou que poderia chegar ao Sporting e muito menos à Selecção Nacional. Mas chegou. No dia em que se despediu do futebol profissional, o guarda-redes, que também representou o Vitória de Setúbal, o Estrela da Amadora e o Belenenses – 13 anos na I Liga – lembrou que chegou a guarda-redes pela mão do irmão, apenas 10 meses mais velho. “Jogava a avançado e um dia no Torreense era preciso um guarda-redes e o meu irmão disse-me: Por que não vais tu para a baliza?”, conta. E foi assim até hoje.
Nelson acabou por sofrer com as lesões, nomeadamente nos joelhos. Foi operado cinco vezes ao joelho esquerdo, mas foi a lesão contraída o ano passado, em Dezembro, ao serviço do Belenenses, no joelho direito, que acabaria por levar o ex-internacional luso a decidir por termo à carreira.
Ricardo Sá Pinto, Mozer e Lito Vidigal, seu treinador no Estrela da Amadora, que estivem presentes na cerimónia que decorreu em Lisboa, são unânimes em afirmar que “é prematuro” o abandono do guardião, ainda que entendam “as razões”.
Nelson vai continuar a dedicar-se à escola de formação que tem em Torres Vedras e poderá voltar a dar aulas na universidade. O sonho passa por ser técnico de guarda-redes. Lito Vidigal, actualmente sem clube depois da saída conturbada de Leiria, quando questionado sobre uma futura parceria, é comedido.
“Tenho uma pessoa que trabalha comigo nessa área. O que posso dizer é que o Nelson tem todas as características para desenvolver esse tipo de trabalho e se houvesse essa oportunidade, certamente sairíamos mais fortes”.
Na cerimónia esteve também Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, Carlos Lopes, o ex-jogador Marinho, o técnico-adjunto do Sporting Carlos Pereira e Nelson Rosado, dos Anjos, entre outras amigos.
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