O Governo “está empenhado no combate ao discurso do ódio” e tem compromisso na defesa do setor da arbitragem, salientou hoje o secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, em sintonia com Fernando Gomes.
João Paulo Rebelo reagiu às palavras do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), nas quais Fernando Gomes fala hoje em “sinais de alarme” decorrentes da “apologia do ódio” e de um “constante tom de crítica em relação à arbitragem”.
Na mensagem, o responsável máximo do futebol português instou o Governo a envolver-se cada vez mais no “objetivo coletivo de combater de forma efetiva as ameaças ao futebol, nas suas diversas vertentes”.
“É evidente que o governo está empenhado, como desde sempre esteve empenhado, no combate ao discurso do ódio, na defesa de classes absolutamente determinantes para o regular funcionamento desta modalidade como é a classe da arbitragem, e, portanto, não poderemos mais estar do lado destas soluções pacificadoras”, sublinhou o secretário de Estado.
João Paulo Rebelo revelou ter tido esta semana a oportunidade de telefonar a Fernando Gomes, face à nomeação para a Comissão Executiva da FIFA, e então, reforçar o alinhamento nas soluções pacificadoras e construtivas para o futebol português e internacional que ele preconiza.
O secretário de Estado disse ainda que o discurso sóbrio e sereno do presidente da FPF deveria ser um exemplo “para todos os dirigentes nacionais, sobretudo para todos quantos têm responsabilidades no futebol em Portugal”.
No seu texto, o presidente da FPF diz que o “tom de crítica em relação à arbitragem é inaceitável e impróprio de um país civilizado e com espírito desportivo”.
“Estas críticas, que muitas vezes são inspiradas em dirigentes com as mais altas responsabilidades, potenciam o ódio e a violência. São, quase sempre, uma forma de tentar esconder insucessos próprios, além de constituírem atos de cobardia”, prosseguiu o líder da FPF.
Um cenário, de ameaça e crítica, de ódio entre clubes – “espalhado por redes sociais e órgãos de comunicação social” -, e que segundo Fernando Gomes não pode ser ignorado pelos clubes profissionais, nem pelo Estado.
“O Estado, o Governo, a Assembleia da República, os diferentes responsáveis institucionais devem envolver-se cada vez mais neste objetivo coletivo de combater de forma efetiva as ameaças ao futebol, nas suas diversas vertentes”, escreveu.
Ainda de acordo com Fernando Gomes, “a FPF está disponível para colaborar com o Estado em todas estas frentes, nomeadamente na revisão das competências do Conselho Nacional do Desporto, um órgão que poderá desempenhar papel fulcral”.
“A FPF está a fazer a sua parte e estará sempre do lado das soluções construtivas e pacificadoras. Ninguém pode ficar de fora desta responsabilidade”, concluiu.
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