Um colombiano que vem do México com alcunha de dançarino (Cha Cha Cha), com 25 anos idade, para jogar no FC Porto é pouco comum. Pode até ter gerado um levantar de sobrolho e um ar meio desconfiado entre os adeptos.
Jackson dança ao ritmo da banda portista
Como credenciais trazia golos marcados, mais precisamente 19 na época 2011/12, no Jaguares do México e uma carta de recomendação de Falcao, seu antecessor no clube azul-e-branco.
Depressa se percebeu que Jackson Martínez era um multi-facetado. Mudou-se a música, mudou-se o ritmo, porém o colombiano depressa acertou o compasso e o passo e dançou, muitas vezes mesmo com a tal nota artística que um treinador um dia mencionou.
Oficialmente, tudo começou à Panenka num jogo com o Guimarães. Penálti, três passos até à bola, um remate com classe, e o Dragão aplaudia pela primeira vez o colombiano. Depois a história repetiu-se mais vinte e cinco vezes neste campeonato. Das 15 equipas que o FC Porto defrontou na prova, apenas a Académica não entrou na lista de vítimas do colombiano.
A concorrência era composta por Lima (20 golos) e Cardozo (17 golos), que no ano anterior lutaram entre si por este título, mas que acabaram por ficar aquém dos números de Jackson.
Os goleadores vistos da marca dos 11 metros
Cardozo mostrou-se mais preponderante na marca dos 11 metros que os seus adversários. O Benfica dispôs de 12 grandes penalidades, das quais o paraguaio concretizou oito vezes das oito em que foi chamado à responsabilidade. Lima marcou outras três com êxito, mas perde obviamente destaque neste capítulo por não ser a primeira opção.
Já o FC Porto dispôs das mesmas 12 penalidades, contudo Jackson marcou apenas quatro e desperdiçou três, o que lhe valeu a perda espaço no plantel para continuar a ser o marcador de serviço.
Goleadores e as suas médias
Jackson Martínez é o grande vencedor nesta corrida matemática onde a média é lei. O colombiano jogou os 30 jogos do campeonato e concretizou por 26 vezes. Tem por isso uma média de 0,87 golos por jogo.
Lima e Cardozo têm praticamente um empate técnico nesta capítulo. O brasileiro esteve presente em 29 encontros da Primeira Liga apontando 20 golos. Feitas as contas, a média do avançado situa-se nos 0,69 golos por jogo. Um valor em tudo semelhante ao de Cardozo que fez menos golos (17) mas também menos jogos (25). A sua média situa-se nos 0,68.
A versatilidade dos goleadores
As obras de arte do campeonato
Quando apelamos à nossa memória para nos lembrarmos dos golos mais bonitos deste campeonato, seguramente que é inevitável lembrarmo-nos de Lima e Jackson Martínez.
Se tivéssemos que eleger um momento de magia de Jackson, recuaríamos até à sexta jornada ao jogo com o Sporting. Passe de Danilo, desmarcação de Jackson, receção no joelho e toque de calcanhar a enganar Rui Patrício.
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