A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aprovou este sábado por unanimidade o orçamento e o plano de atividades para 2017/18, que prevê gastos de cerca de 60 milhões de euros e um saldo positivo de 68,5 mil euros.
O documento, aprovado em assembleia geral realizada na Cidade do Futebol, em Oeiras, prevê como principal fonte de receita os direitos de transmissão, publicidade e patrocínios, seguidos das receitas dos jogos sociais e das verbas recebidas por participação em competições internacionais, pode ler-se em comunicado publicado na página da FPF na internet.
Em 2017/18, a FPF estima arrecadar quase 24 milhões de euros com “direitos de transmissão, publicidade e patrocínios” e 8,1 milhões na rubrica “subsídios”, entre os quais se incluem as subvenções do Estado e outras entidades, bem como de entidades desportivas (FIFA, UEFA, entre outras).
As seleções nacionais surgem como uma das maiores fatias de investimento para o período – mais de 19 milhões de euros, um terço do orçamentado – com destaque para a seleção AA, que tem deverá custar aos cofres da FPF mais de 10 milhões de euros.
“Neste particular, destaca-se o aumento em mais de 100 por cento dos gastos com a seleção nacional feminina (tendo em conta também a participação na fase final do Campeonato da Europa), o que representa o maior crescimento no universo das 23 equipas nacionais existentes”, pode ler-se.
O documento prevê que os gastos com “serviços de estrutura” – 18,3 milhões de euros - consumam a maior fatia das receitas previstas, com destaque para os gastos com pessoal (6,2 milhões de euros) e “técnicos, médicos e outros prestadores de serviços” (4,9 milhões de euros).
“No que diz respeito a gastos com pessoal – questão levantada durante a discussão deste sábado -, a época passada representou o rácio mais baixo dos últimos anos em relação aos gastos totais: 11% em 2011/2012 e 2012/2013; 10% em 2013/2014; 12% em 2014/2015; e 8% em 2015/2016”, observam.
Na época que marcará a introdução do vídeo-árbitro em todos os jogos da Liga Nos, a arbitragem e os “gastos operacionais com provas” deverão também pesar nas contas da FPF em 2017/2018, com despesas previstas de 6,5 e 5,1 milhões de euros.
“Se a FPF vê a transparência como um fim em si mesmo, a introdução do vídeo-árbitro nas principais competições de futebol nacional será uma das maiores novidades da corrente época. Outros investimentos em melhor arbitragem e melhor disciplina dar-nos-ão a garantia de tudo estarmos a fazer para tornar o futebol mais atrativo e cativante”, refere o presidente da FPF, Fernando Gomes, numa nota introdutória ao documento.
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