A Federação Portuguesa de Futebol e o Comité Olímpico de Portugal escusaram-se hoje a comentar a detenção do seu vice-presidente Hermínio Loureiro, por suspeitas de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, peculato e tráfico de influência enquanto autarca.
“A FPF e o Comité Olímpico de Portugal abstêm-se de fazer qualquer comentário sobre o ocorrido, aguardando que todos os factos sejam esclarecidos e apurados oficialmente”, referem as entidades, em comunicado comum enviado à agência Lusa.
Hermínio Loureiro é vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol e do Comité Olímpico de Portugal, integrando a direção da primeira e a comissão executiva do segundo. Já foi presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (2006-2010) e secretário de Estado da Juventude e Desporto do governo PSD chefiado por Santana Lopes.
As entidades desportivas revelam que tomaram conhecimento da sua “detenção para averiguações” através da comunicação social e concluem a nota afirmando que “a palavra cabe às autoridades de investigação e judiciais”.
A Polícia Judiciária do Norte deteve hoje sete pessoas, entre elas o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Isidro Figueiredo, e o ex-presidente Hermínio Loureiro, por suspeitas de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, peculato e tráfico de influência, numa investigação que dura há um ano e que envolveu 31 buscas, designadamente a cinco câmaras municipais e cinco clubes locais de futebol.
Cerca de 90 elementos da Polícia Judiciária e vários magistrados do Ministério Público participaram na operação, designada “Ajuste Secreto”.
Fonte da Judiciária adiantou à Lusa que os cinco clubes de futebol que foram alvo de buscas são “todos do concelho de Oliveira de Azeméis”.
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