Francisco J. Marques insurgiu-se contra a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) no caso João Palhinha. Num acórdão divulgado esta terça-feira, o TAD explica que o amarelo mostrado pelo árbitro Fábio Veríssimo ao jogador do Sporting no Bessa mantém-se mas a sanção que o mesmo devia produzir (um jogo de suspensão por ser quinto amarelo na prova) fica sem efeito.

"É das coisas mais surrealistas, não me lembro de nada tão surrealista como isto. As singularidades do futebol português são extraordinárias, mas esta bate todos os recordes. O jogador Palhinha viu um cartão amarelo no Boavista-Sporting, claramente mal mostrado, seria legítimo tirar o amarelo e em vez de ter cinco cartões e cumprir castigo, aquele amarelo não existiria e ficava com quatro. A verdade é que não cumpre castigo, mas aproveita para limpar, é um atentado à verdade desportiva", disse o diretor de comunicação do FC Porto, em declarações no Porto Canal.

O dirigente dos Dragões pediu uma reação do Sporting sobre a decisão.

"É importante que o Sporting se pronuncie sobre isto, é a coisa mais estranha que me lembro de ver no futebol português. Mostra como estas coisas têm de levar uma volta. Isto descredibiliza, isto arruma com o TAD, arruma com a credibilidade do TAD, dá vontade de rir. É muito mau", atirou.

O TAD explicou que o amarelo mostrado a Palhinha no Bessa mantém-se mas o jogador não será sancionado porque foi provado que a decisão do árbitro "não foi a adequada".

Assim que foi confirmada esta decisão, fonte ligada ao processo afirmou que a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) iria recorrer, como tem feito sempre que as decisões lhe são desfavoráveis, em apelos que podem passar, primeiro, pelo Tribunal Central Administrativo do Sul e, em última instância, pelo Supremo Tribunal de Justiça.

O TAD deu razão ao futebolista ‘leonino’, relativamente ao cartão amarelo visto no embate com o Boavista, da 15.ª jornada da I Liga de futebol.

Na base da decisão está o facto de o árbitro da partida, Fábio Veríssimo, ter admitido o erro de admoestar o jogador dos ‘leões’ com o cartão amarelo no encontro com os 'axadrezados', em 26 de janeiro, o quinto na competição.

Palhinha foi castigado em 27 de janeiro, em processo sumário, tendo o pleno da secção profissional do Conselho de Disciplina (CD) da FPF considerado improcedente o recurso do jogador.

No entanto, o provimento de uma providência cautelar permitiu que fosse utilizado pelo treinador ‘leonino’ Rúben Amorim na vitória frente ao rival Benfica, por 1-0, no dérbi da 16.ª jornada da I Liga, a partir dos 61 minutos, depois de ter começado no banco de suplentes o encontro disputado em 01 de fevereiro.

Nesse mesmo dia, face à decisão do Tribunal Central Administrativo do Sul de suspender a eficácia do castigo de um jogo de suspensão a Palhinha, o CD da FPF contestou a argumentação do Sporting.

No dia 12 de fevereiro, o CD da FPF anunciou a abertura de um processo de inquérito, após uma participação do Benfica, pelo recurso do Sporting a tribunais civis que permitiu a utilização de João Palhinha.

João Palhinha não voltou a ser admoestado desde o referido cartão amarelo, em 26 de janeiro.

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