O FC Porto emitiu um comunicado esta tarde, onde desmente o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), a respeito do incidente com o VAR no jogo com o Arouca.
No comunicado, os dragões asseguram que a responsabilidade de ligar os cabo de alimentação destinado aos equipamentos do VAR são dos técnicos da Altice, contratados pela FPF.
No ponto 8 do comunicado publicado nas suas plataformas digitais, o FC Porto questiona: "Se não existiu qualquer falha de energia e se não foram rearmados quaisquer quadros elétricos, como se explica que o equipamento do VAR substituído não tivesse energia do estádio, mas o segundo equipamento já a tivesse? A energia não desaparece de um momento para o outro..."
Os dragões refutam responsabilidades e concluem: "O cabo da Altice do primeiro equipamento do VAR, conectado na origem à fonte de energia do estádio, nunca esteve ligado no destino ao equipamento do VAR por erro técnico."
Comunicado do FC Porto
"Na sequência do comunicado enviado pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (“FPF”) relativo ao incidente verificado com o VAR no jogo FC Porto-Arouca, de dia 03/09/2023, vem a FUTEBOL CLUBE DO PORTO - FUTEBOL SAD (“FC Porto”), esclarecer o seguinte:
1. Não corresponde à verdade que a tomada elétrica disponível na zona de revisão do estádio não possuísse energia socorrida. Esta tomada possui fonte de alimentação UPS (Uninterrupted Power Supply).
2. Para além da UPS, a própria tomada possui uma chave específica que garante que a mesma só é utilizada para o sistema VAR.
3. Também não corresponde à verdade que a tomada em questão seja a única disponível na área de revisão do estádio. Junto desta existe um outro quadro elétrico com outra tomada disponível para utilização, conforme se pode verificar pela foto subsequente.
4. Acresce, ainda, que não foram detetadas quaisquer falhas de energia no decorrer do jogo (antes, durante ou após o mesmo).
5. A este propósito refira-se que obrigação do FC Porto se esgota na disponibilização de uma fonte de energia para que os técnicos da Altice, contratados pela FPF, aí conectem o cabo de alimentação destinado aos equipamentos do VAR, o que aconteceu, sendo que toda a responsabilidade de montagem do sistema e ligação de cabos é daqueles profissionais.
6. Sucede que o referido cabo, conectado na origem à fonte de energia do estádio disponibilizada pelo FC Porto, não foi conectado aos equipamentos do VAR, levando a que o sistema tenha estado a funcionar suportado por baterias desde o início do jogo.
7. Tal facto foi reconhecido pelos próprios técnicos da Altice quando substituíram o equipamento, tendo este passado a estar suportado pela energia do estádio.
8. Por conseguinte, se não existiu qualquer falha de energia e se não foram rearmados quaisquer quadros elétricos, como se explica que o equipamento do VAR substituído não tivesse energia do estádio, mas o segundo equipamento já a tivesse? A energia não desaparece de um momento para o outro…
A conclusão é elementar: o cabo da Altice do primeiro equipamento do VAR, conectado na origem à fonte de energia do estádio, nunca esteve ligado no destino ao equipamento do VAR por erro técnico."
Esta segunda-feira, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) infirmou que o sistema de videoarbitragem no Estádio do Dragão, no Porto, esteve 14 minutos sem energia no FC Porto-Arouca, da quarta jornada da I Liga, e o suporte de reserva estava esgotado.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o Conselho de Arbitragem (CA) da FPF deu conta da informação técnica sobre o recurso ao telemóvel pelo árbitro Miguel Nogueira, para apreciar um lance de possível grande penalidade sobre o iraniano Mehdi Taremi, que assinalou, tendo revertido a decisão, sem que tivesse revisto as imagens do lance ocorrido aos 90+6 minutos.
O CA confirmou a falha de comunicações e vídeo na área de revisão do árbitro (RRA, na sigla em inglês), ao minuto 87 do encontro disputado no domingo, no recinto ‘azul e branco’, e o recurso, face a essa falha, a “um equipamento móvel – disponível em todos os estádios - a fim de comunicar com o Centro de videoarbitragem, na Cidade no Futebol”.
“Ao analisarem o incidente, os técnicos concluíram que a única tomada elétrica disponível na área de revisão do estádio não tinha corrente elétrica e que ao longo do jogo o sistema de energia de reserva - também conhecido como UPS (Uninterrupted Power Supply) – esgotou-se”, detalha o comunicado.
De acordo com a mesma fonte, “esta tomada elétrica não possui energia socorrida ou assistida”, tendo, devido à falta de energia, sido iniciado “o processo de mudança dos equipamentos para o segundo sistema de energia de reserva (UPS), tendo o serviço sido completamente restabelecido ao minuto 101”.
Apesar do ‘apagão’ de 14 minutos na área de revisão do árbitro, no relvado, “a solução técnica que liga a Cidade do Futebol ao Estádio do Dragão não registou qualquer falha”, assegurou o CA, que assegurou que o VAR usado na I Liga “recorre a tecnologia certificada e utilizada em diversas competições internacionais”.
“O VAR foi introduzido em Portugal em maio de 2017 e o tempo de funcionamento sem quebras do serviço é de 99,8%”, sublinha o CA.
Sem acesso às imagens, o árbitro Miguel Nogueira dirigiu-se aos treinadores das duas equipas para revelar a decisão de reverter a referida grande penalidade, uma ação contestada, imediatamente após o jogo, pelo FC Porto, que protestou o encontro.
“O FC Porto apresentou um protesto aos delegados da Liga tendo em vista a anulação do jogo com o Arouca. Esta medida tem como fundamento a atuação do árbitro no momento da reversão, na sequência de uma chamada telefónica e sem acesso às imagens do lance, do penálti assinalado pelo árbitro de campo por falta sobre Mehdi Taremi”, informou o FC Porto, em comunicado.
Na mesma nota, os ‘azuis e brancos’ consideram que o árbitro da partida, Miguel Nogueira, cometeu uma “violação das regras de jogo”.
“A ação de Miguel Nogueira constitui uma violação das regras de jogo e um erro de direito com potencial impacto grave no desfecho do encontro”, conclui o clube.
Depois deste episódio, os ‘dragões’ voltariam a dispor de novo castigo máximo, que Galeno desperdiçou, aos 90+15 minutos, antes de Evanilson consumar o empate 1-1, aos 90+19, depois de Cristo González ter adiantado o Arouca, aos 84.
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