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Os dragões carimbaram a presença no play-off de acesso à liga milionária num jogo em que até fizeram uma exibição pálida.
O FC Porto venceu o Rio Ave por 3-0 e garantiu matematicamente o terceiro lugar do campeonato. Jackson, Herrera e Danilo fizeram os tentos dos Dragões que fizeram duas partes distintas, sendo a segunda a mais produtiva.
Os Dragões entraram em campo sabendo que uma vitória seria suficiente para garantir o terceiro lugar da I Liga e consequente apuramento para o play-off de acesso à Liga dos Campeões.
Sem os castigados Quaresma e Fernando, e ainda Luís Castro, nas bancadas por castigo federativo, Josué voltou a ser titular no meio-campo, entrando Ricardo para o lugar do Mustang. Os primeiros dez minutos deixavam antever um bom jogo do FC Porto. Ederson negou o golo a Mangala e Herrera com duas grandes defesas, tendo o mexicano nova oportunidade para marcar mas, dentro da área após passe de Varela, atirou ao lado.
Depois voltou o velho Porto desta época: muitos passes errados, falta de intensidade, muita desconcentração, e muito espaço para o Rio Ave contra-atacar. Os pouco mais de 17 mil espetadores que fizeram a pior casa esta época na Liga (pior mesmo só com o Paços de Ferreira), iam respondendo com tímidos assobios mas também com incentivos à equipa.
O Rio Ave, que consegue melhores resultados a jogar fora de portas, incomodou Fabiano em duas ocasiões na 1.ª parte. Primeiro num cabeceamento de Tarantini que saiu pouco ao lado do poste esquerdo. Depois foi Rúben Ribeiro, a ganhar uma bola perdida por Danilo, a bailar sobre Mangala e a rematar forte para defesa de Fabiano canto.
Folha, substituto de Luís Castro no banco azul-e-branco, não gostava do que via. Depois de já ter lançado Ghilas para o lugar do lesionado Varela aos 35 minutos, o antigo jogador dos Dragões fez entrar Quintero para o apagado e "amarelado" Josué ao intervalo. Mexida que viria a ser crucial no desenrolar do jogo.
Já depois de Jackson falhar o primeiro após cruzamento de Danilo e o próprio lateral atirar para defesa apertada de Ederson, o FC Porto vai chegar ao primeiro golo aos 61 minutos, numa combinação "caffetera" que despertou o Dragão. Quintero "picou" a bola sobre a defesa vila-condense, tentando servir Jackson, que acabou por ser derrubado pelas costas por Marcelo. O próprio Jackson encarregou-se de apontar a grande penalidade, fazendo o seu 19.º golo na 1ª Liga, reforçando a liderança na lista dos melhores marcadores.
Embalado pelo golo que ajudou a "descomprimir" a equipa, a formação azul-e-branca vai chegar ao 2-0 em nova combinação sul-americana. O passe, sublime, é de Quintero e a finalização é de Herrera, que recebeu no peito e rematou de cabeça, após saída de Ederson.
Era o melhor período do FC Porto no jogo, que não permitiu mais contra-ataques do Rio Ave. A entrada de Quintero acabou por ser decisiva já que permitiu desbloquear um jogo que se avizinhava complicado. Já as entradas de Ghilas e Licá nada trouxeram ao jogo do FC Porto.
Já nos descontos, Danilo fez o 3-0 final, num livre direito que foi desviado pela barreira e traiu o guarda-redes Ederson.
Em termos individuais mas pela negativa, destaque para a pobre exibição de Alex Sandro. Perdeu muitas bolas, complicou muito os lances e fez demasiadas faltas, sem necessidade. Saiu para dar o lugar a Licá, passando Ricardo para a lateral esquerda.
Com esta vitória do FC Porto garantiu matematicamente o terceiro lugar da I Liga, posição que vai terminar a época, já que não poderá chegar ao segundo nem ser alcançado pelo Estoril. Já o Rio Ave mantém o 11.º lugar com os mesmos 31 pontos, sendo que 21 destes foram conquistados fora de portas.
Para o próximo jogo, frente ao Olhanense, Luís Castro não poderá contar com Mangala, Alex Sandro e Josué, que viram amarelo e têm de cumprir um jogo de castigo.
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