O FC Porto não teve a exibição mais colorida mas triunfou na receção a um impressionante Farense (2-1), voltando às vitórias na I Liga. Samu estreou-se a marcar com a camisola dos dragões à quinta jornada e garantiu três pontos preciosos ao portistas, que assim mantêm uma perseguição cerrada ao Sporting.

Vítor Bruno sentiu necessidade de mudar algumas peças em relação ao jogo da ronda anterior, que valeu a primeira derrota da temporada aos dragões, e lançou no onze os reforços Nehuén Pérez e Francisco Moura (subindo Galeno para extremo), além de João Mário. Nico González também começou o encontro com um papel que ainda não tinha desempenhado na era Vítor Bruno recuando para o lado de Alan Varela no miolo.

Para estas entradas, os sacrificados em relação à última partida foram Martim Fernandes, Zé Pedro e Vasco Sousa, que passaram para o banco de suplentes.

O calor que se fez sentir no Porto passou para o jogo quase instantaneamente. Logo aos 3 minutos uma bola bem colocada nas costas da defesa isolou João Mário que rematou rasteiro e com estrondo para o poste da baliza de Ricardo Velho. Ficava o primeiro aviso do FC Porto.

Ao minuto 13 registou-se um momento bonito de união entre portistas e a equipa uma vez que Galeno foi alvo de uma forte ronda de aplausos por ter ficado no Dragão, após a transferência para a Arábia Saudita ter sido gorada á última hora.

A pressão azul e branca era intensa e estava a sufocar o Farense. Numa das melhores ocasiões do primeiro quarto de hora, Galeno rematou para o desvio milimétrico de Nico, mas a bola volta a esbarrar no poste abençoado de Ricardo Velho e, na recarga, Otávio cabeceia para fora.

O FC Porto ia demonstrando capacidade para criar perigo, mas estava a faltar o último toque para conseguir inaugurar o marcador, por outro lado, a equipa de José Mota estava a dar uma 'masterclass' de contra-ataque, uma vez que aproveitava qualquer erro dos dragões para chegar com poucos passes à área contrária.

Apesar da boa resistência algarvia, aliada à menor clarividência portista, os dragões iam conseguindo chegar à baliza, mas aí encontravam sempre um muro que se revelava demasiado difícil de transpor: Ricardo Velho. O guarda-redes ia somando defesas atrás de defesas e foi mesmo dos melhores do Farense.

Segunda parte não demorou a aquecer

E se o primeiro tempo foi bom, mas muito morno em celebrações, a segunda parte não podia ter começado melhor para o FC Porto. Galeno sofreu falta dentro da e Nuno Almeida assinalou imediatamente penálti. Na cobrança, o próprio brasileiro inaugurou o marcador e deixou o Dragão em festa pela primeira vez na tarde.

A festa não durou muito. Passado poucos minutos, Tomané iniciou uma correria desenfreada pela esquerda, beneficiando de um erro de Otávio, e conseguiu ultrapassar a defensiva portista. O avançado dos algarvios ainda teve frieza para fintar Diogo Costa antes de introduzir a bola na baliza para o golo do empate. 

O golo pareceu ter desanimado por completo a equipa portista que se tornou apática e mais lenta. Com essa noção Vítor Bruno lançou Samu e André Franco para os lugares de Namaso e Iván Jaime, que estiveram muito apagados.

As substituições agitaram a equipa e o sinal foi passado para dentro de campo: era preciso andar mais. O FC Porto ficou mais rápido mas continuava a esbarrar num super Ricardo Velho que se mantinha sólido como uma rocha e não permitia a bola entrar.

Foi preciso chegar ao minuto 74 para as redes voltarem a abanar. Samu teve uma boa entrada em campo e mostrou-se disposto a lutar pela bola e a sorte devolveu-lhe a disponibilidade. Alan Varela rematou forte, o guarda-redes do Farense defendeu (mais uma vez) e o camisola 9 apareceu no sítio certo para emendar o lance, recolocando os dragões em vantagem no marcador.

Depois do golo o encontro ficou muito mais pausado e num ritmo mais baixo e o FC Porto só teve de gerir a partida até final. Os dragões garantiram mais três pontos, conseguindo um resultado melhor do que a exibição.