José Mota, treinador do Paços de Ferreira, foi duro para com a sua equipa na conoferência de imprensa que se seguiu ao desaire caseiro com o Marítimo, que deixou os pacenses no último lugar da classificação da I Liga.
"Falhou muita coisa. Quero dizer que a primeira parte foi muito má em todos os aspetos. Não vale a pena tapar o sol com a peneira. É um facto. Pior do que fizemos na primeira parte deve ser quase impossível. Temos de ter este sentimento. Foi mau em muitos aspetos", começou por dizer.
"Devíamos ter sido mais agressivos, sofremos o golo de forma infantil. Nunca fomos uma equipa organizada nem tivemos atitude mental para mudar o jogo. Os primeiros 45 minutos foram maus. A equipa não teve convicção nem ambição. Estávamos a perder justamente", sublinhou.
"A segunda parte foi completamente diferente. Não só pelas alterações. Fomos mais rigorosos, mais convictos, tivemos atitude e abordagens diferentes aos lances. Tivemos mais bola, fomos mais organizados e conseguimos uma série de remates. Fomos diferentes", apontou, contudo, antes de lamentar não ver neste Paços a mística de outros tempos.
"Estamos a perder identidade, uma coisa que custa tanto a ganhar. Estamos a perder a mística, o que é o Paços. Preocupa-me que isso se perca jogo após jogo. Este jogo era de extrema importância. Houve ansiedade, mas não só. Houve falta de atitude. Porquê? Temos de vencer os duelos e quem ganhou os duelos foi o Marítimo. Trabalhámos os lances de bola parada, mas esse momento exige concentração. Como é que queremos ganhar? Só quisemos ganhar na segunda parte", terminou o técnico que regressou recentemente ao comando técnico dos 'castores', mais de 14 anos depois da sua última passagem pelo leme do clube que já orientou por nove temporadas no passado.
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