A direção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) aprovou hoje, por unanimidade, o Plano de Atividades e o Orçamento para 2023/24, o primeiro que abrange o grupo empresarial e as contas do organismo em conjunto.
Além da LPFP, o documento inclui a ‘business school’, a empresa Liga Portugal Centralização, a Liga Portugal Comercial e a Liga Portugal Infraestruturas.
O Orçamento inclui “uma previsão de resultados operacionais superior a um milhão de euros (1,1 milhões), em linha com a média dos últimos anos”, incluindo receitas globais de 26,5 milhões.
O documento será ainda votado em Assembleia Geral, marcada para 26 de junho, após uma reunião de direção em que o presidente, Pedro Proença, anunciou “o reforço das políticas de ‘compliance’ e dos mecanismos de escrutínio prévio da idoneidade de todos os membros dos órgãos sociais, direção e direção executiva”, além de funcionários e colaboradores.
Hoje, Proença admitiu que se teria demitido se o agora ex-presidente da Assembleia Geral Mário Costa não o tivesse feito, após terem sido reveladas suspeitas de tráfico de seres humanos numa academia de futebol de Riba de Ave.
Em causa está a investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) a Mário Costa e à academia de futebol à qual está ligado, no concelho de Famalicão, por suspeitas de tráfico de seres humanos, e na qual o antigo dirigente foi constituído arguido.
A Procuradoria-Geral Regional do Porto especificou hoje que foram 33 os menores retirados da academia de futebol, tendo ainda outros adultos sido encaminhados para unidades de abrigo.
Em nota publicada na sua página, aquela procuradoria refere que os menores foram retirados após intervenção articulada das entidades competentes e “por se encontrarem em situação de perigo”.
Segundo fonte do SEF, foram identificados 114 futebolistas, oriundos da América de Sul, África e Ásia e estarão todos em situação irregular no país.
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