Daúto Faquirá afirmou, esta terça-feira, que a visão sobre o videoárbitro se tem focado demasiado nos erros. Na Conferência videoárbitro: A tecnologia ao serviço da verdade desportiva que decorreu na Escola Maria Amália Vaz de Carvalho, o treinador de futebol, num painel onde também estava Luciano Gonçalves (presidente da APAF), João Capela (árbitro) e Duarte Gomes (ex-árbitro) admite que o VAR tem tudo para ser um elemento que se afirme de forma definitiva no futebol.

"O videoárbitro é uma ferramenta que está aqui para ser utilizado, mas tem sido mais fácil apontar o erro do VAR do que falar das coisas boas que trouxe nas decisões importantes em que acertou desde que foi implementado. Não tenho dúvidas de que o VAR chegou para ficar. O que vai acontecer é que o protocolo terá de ser mais abrangentes para se adaptar ao futebol".

Apesar da importância que atribui ao videoárbitro, Daúto Faquirá acredita que o lançamento foi feito com alguma impreparação de todas as partes envolvidas incluindo que está a acompanhar uma partida como adepto. Para o técnico, acaba por ser ingrato para os árbitro que têm de tomar, num segundo, uma decisão que será vista centenas de vezes.

"O futebol é tão escrutinado... Os árbitros têm de, num segundo, tomar uma decisão que depois é vista centenas de vezes após o final do jogo. Eles têm de acertar no momento. Neste sentido, o VAR é um auxilio porque a decisão é sempre do árbitro. Acho que o VAR chegou com alguma impreparação. Os árbitros vão sendo confrontado com questões e têm de dar respostas. Isso reflete-se no trabalho que tem sido feito, mas não são só os árbitro. O público não estava preparado sobre as especificidades do VAR, Eu próprio ainda vou aprendendo".

Recorde-se de que o videoárbitro está no ano de estreia em Portugal. As novas tecnologias são um elemento novo na arbitragem esta temporada e a Primeira Liga é um dos pioneiros na introdução no futebol mundial. Todos os encontros do campeonato em Portugal são acompanhados por dois videoárbitros na Cidade do Futebol, em Oeiras.