Brahimi e Danilo foram as figuras do encontro da nona jornada da I Liga, que se disputou no Estádio do Dragão, contra os madeirenses do Nacional, adversário que na época passada roubou cinco pontos as azuis e brancos.
O argelino e o brasileiro, que se têm mostrado peças fundamentais na estabilidade do futebol portista ao longo desta temporada, foram os autores dos dois golos, que valeram mais três pontos e a aproximação ao líder Benfica e a fuga ao surpreendente Vitória de Guimarães (atual terceiro classificado).
Perante cerca de 30 mil adeptos nas bancadas – desta vez não houve assobios, mostrando que os apelos do clube são ouvidos – o FC Porto não teve uma exibição de luxo, mas foi suficiente para mostrar que a equipa está mais confiante e estável.
Lopetegui não cede a pressões, mesmo que estas venham da classe política, e voltou a mexer no ‘onze’ inicial, lançando Maicon, Óliver Torres e Quaresma. Marcano, Herrera e Tello ficaram no banco.
Os Dragões entraram fortes e pressionantes e aos nove minutos já estavam a celebrar o primeiro golo, nascido da perseverança dos homens da casa. Óliver Torres cruzou para o cabeceamento de Jackson, Rui Silva ainda defendeu, mas Danilo surgiu, já de ângulo reduzido, rematando forte para o golo. Quintero também esteve envolvido no lance, ele que foi um dos jogadores mais influentes para o desenlace feliz do FC Porto.
Depois do golo, o Nacional da Madeira cresceu e gerou vários lances de perigo perto da baliza de Fabiano. Não se deixem enganar pelo resultado. A equipa de Manuel Machado, que conhece bem a diferença entre as duas equipas, esteve sempre perto de fazer o empate até ao golo magistral de Brahimi, mas este surgiu apenas aos 74 minutos. Até lá os insulares lutaram com unhas e dentes no meio-campo e conseguiram explorar as fragilidades posicionais do FC Porto nas laterais, nos corredores onde Danilo e Brahimi não estavam.
Por falar no argelino, o extremo portista voltou a mostrar toda a sua magia em pleno Estádio do Dragão. Numa jogada de insistência, fugindo várias vezes dos defesas à entrada da área, Brahimi encontrou espaço, acreditou, e disparou um belo remate com efeito que encaixou em sintonia na baliza de Rui Silva, sem hipóteses de defesa.
Danilo – que venceu o prémio de melhor jogador em campo – e Brahimi são a alma triunfante do FC Porto. O brasileiro defende bem e ataca ainda melhor. O argelino é capaz de fazer milagres com os pés. É isso que se pede de um avançado.
No segundo tempo, o técnico basco fez três alterações: entrou Herrera (Quintero), Tello (Brahimi) e Aboubakar (Jackson).
O FC Porto, tal como o treinador Julen Lopetegui, não cede a pressões. Depois das vitórias do Benfica contra o Rio Ave e do Vitória de Guimarães contra o Sporting, os homens da cidade do Porto conseguiram mais uma importante vitória quando se prepara agora para três jogos consecutivos (Athletic Bilbao, Estoril e BATE) longe do Estádio do Dragão, regressando apenas no final de novembro.
Quanto à classificação da I Liga, muito disputado no pódio: Benfica (22 pontos), FC Porto (21) e Vitória de Guimarães (20).
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