Artur Torres Pereira, Luís Marques e Sousa Cintra foram hoje ao Estádio de Alvalade na tentativa de assumir funções como Comissão de Gestão nomeada pela Mesa da Assembleia Geral. No entanto, segundo o jornal O Jogo, o acesso às instalações do Estádio foi-lhes recusado.
"No cumprimento de mandato e missão, a Comissão deslocou-se ao Estádio para poder iniciar as suas funções no Estádio. O nosso acesso às instalações foi-nos vedado, negado, numa manifestação de hostilidade para comissão de gestão e desprezo para decisões judiciais. Hoje à tarde faremos um comunicado sobre a situação", disse Artur Torres Pereira, antigo vice-presidente de Bruno de Carvalho.
Depois do Conselho Diretivo liderado por Bruno de Carvalho ter sido suspenso, Jaime Marta Soares nomeou a Comissão de Gestão. Na altura, o Presidente do Sporting alertou que os elementos da Comissão não poderiam entrar no Estádio.
"Nenhuma providência cautelar disse que Marta Soares é o presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, a Comissão de Fiscalização que Marta Soares criou é legal", afirmou Bruno de Carvalho.
"Nós tivemos um conselho fiscal que se demitiu, não em bloco. Já que falam tanto em estatuto, mas não leem, nos estatutos é claro: demitir-se a totalidade dos membros ou não aparecer nenhuma lista para eventuais eleições. E não caiu a totalidade dos membros”, alertou o presidente do Sporting que disse ainda que "Jaime Marta Soares não é o presidente legítimo da Mesa da Assembleia Geral, esta comissão de gestão não existe. As pessoas que estão nessa Comissão estão proibidas de entrar nas instalações do Sporting", acrescentou.
A crise institucional no clube desencadeou-se após as agressões sofridas por vários elementos do plantel e da equipa técnica em 15 de maio, na Academia do Sporting, em Alcochete, levadas a cabo por cerca de 40 pessoas encapuzadas, dos quais 27 foram detidos e ficaram em prisão preventiva.
Depois destes acontecimentos, a maioria dos membros da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.
Após duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente demissionário da MAG, Jaime Marta Soares, marcou uma Assembleia Geral para votar a destituição do Conselho Diretivo (CD), para 23 de junho e criou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela demissão da maioria dos elementos do CFD.
O CD, que não reconhece legitimidade a esta decisão, criou uma comissão transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma AG ordinária para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e para esclarecimento aos sócios, e marcou uma AG eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.
Dando provimento a uma providência cautelar interposta pela MAG, o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa considerou ilegal a comissão transitória da MAG nomeada pela direção do Sporting, bem como as reuniões magnas por esta marcadas.
Notícia atualizada às 12h33
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