O Ministério Público tem provas digitais de que Luís Filipe Vieira teve conhecimento de todos os pedidos de Paulo Gonçalves à direção do Benfica de ofertas de bilhetes VIP e de lugares de estacionamento no Estádio da Luz para os funcionários judiciais que serviam de 'toupeiras' ao clube da Luz para obter informações sobre os vários processos a decorrer.
Segundo escreve esta quarta-feira o jornal Correio da Manhã, todos os pedidos do assessor jurídico do S.L. Benfica à direção do clube da Luz para ofertas aos funcionários judiciais implicados no caso "E-Toupeira" tiveram conhecimento de Luís Filipe Vieira, o que implica o presidente dos 'encarnados' aos casos de corrupção.
De acordo com a informação veiculada pelo referido diário, os e-mails em causa fazem prova dos subornos aos funcionários judiciais, José Augusto e Júlio Loureiro, ambos do Tribunal de Guimarães, e constam da prova recolhida nas buscas da Judiciária na operação E-Toupeira.
Recorde-se que Paulo Gonçalves, assessor jurídico do S.L. Benfica, e os restantes arguidos no processo, José Augusto, Júlio Loureiro e a SAD do S.L. Benfica, respondem por corrupção passiva e ativa, oferta ou recebimento indevido de vantagem, favorecimento pessoal, violação do segredo de justiça, violação de segredo por funcionário, peculato, acesso indevido e violação do dever de sigilo e falsidade informática.
Já em relação a Luís Filipe Vieira, o presidente do S.L. Benfica não foi acusado apesar das referências no processo ao conhecimento que teve das contrapartidas dadas pelos vários favores.
O jornal Correio da Manhã escreve também que a acusação entende que a SAD do Benfica teve benefícios desportivos com a informação obtida, daí o crime de corrupção desportiva. O Ministério Público pede que o Benfica seja proíbido de entrar em competições entre seis meses a três anos.
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