Bruno Costa Carvalho, candidato à presidência do Benfica, concedeu uma entrevista ao jornal desportivo 'O Jogo' onde defende Luís Filipe Vieira no caso dos e-mails, mas coloca algumas dúvidas quanto à transferência de algumas decisões do atual dirigente dos encarnados.

"Vamos separar as coisas. De assuntos de vida privada não falo, como é o caso da Operação Lex. É uma questão que tem de ser ele a resolver. Passou a ser acusado e havia tradição de que quem era acusado sair do clube. Assim foi com José Veiga e Paulo Gonçalves, mas eles não eram presidentes. Os presidentes, pelos vistos, não funcionam assim em Portugal. No entanto, não me meto. Nos vouchers e e-mails é diferente. Em dois anos não há prova de esturro. Não há prova inequívoca e considero que foi uma campanha para atacar o Benfica. Não vou prejudicar o Benfica condenando isso e não admito que ataques exteriores sejam usados internamente. Foi o que disse numa AG. As vitórias do Benfica foram limpas e em campo, aliás até tivemos melhores plantéis e perdemos ainda assim", começou por recordar.

Já sobre a ideia de Luís Filipe Vieira de convidar as listas para fazerem parte do Conselho Fiscal, Bruno Costa Carvalho salientou que é uma "generosa" do atual presidente e que merece ser aplaudida. "Não tenho desconfiança das contas. Critiquei-as, mas agora gosto delas. Agora o Conselho Fiscal é das contas do clube e as coisas passam-se na SAD", adiantou, antes de acrescentar que não entende "negócios como o Paulo Gonçalves entrar na transação do Darwin. Parece-me incrível e ninguém acredita que seja coincidência."

Além disso, Bruno Costa Carvalho mostrou ainda desagrado quanto a Noronha Lopes, que contestou as assinaturas digitais da sua lista. "Estendemos a mão para uma candidatura única de alternativa a Vieira, mas há um limite. Quiseram eliminar-nos na secretaria. As pontes foram queimadas", lamentou. Por fim, o candidato falou sobre os rivais. "Há um passado marcado negativamente que torna impossível falar com o FC Porto. Estreitar laços com o FC Porto de Pinto da Costa é difícil. Com o Sporting é possível: tem um presidente normal e com coragem, pela batalha com as claques, como é Frederico Varandas", rematou Bruno Costa Carvalho.