A necessidade de uma repartição mais equitativa das receitas entre os clubes do futebol profissional, sobretudo quanto aos direitos televisivos, norteou hoje a receção do Boavista ao secretário de Estado da Juventude e do Desporto (SEJD).
“Foi um encontro muito produtivo, no qual foram abordados temas de grande relevância. Apresentámos as nossas ideias, tendo sempre bem presente que para haver uma maior competitividade no futebol nacional é fundamental existir uma distribuição mais equitativa das receitas”, vincou o presidente do clube ‘axadrezado’, Vítor Murta, em declarações reproduzidas pelo atual 11.º classificado da I Liga através do seu sítio oficial na Internet.
João Paulo Correia conheceu as instalações do Boavista de tarde, ao visitar o museu e o relvado do Estádio do Bessa, numa sessão que se prolongou “por mais de duas horas” e ficou assinalada pela “discussão de assuntos da agenda da secretaria de Estado”, além das propostas apresentadas pelo clube portuense “para a melhoria do futebol nacional”.
“Agradeço a disponibilidade do secretário de Estado e o interesse que manifestou nesta visita, assim como a partilha de ideias que tivemos. Quero ainda agradecer o excelente trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo secretário de Estado nas mais variadas áreas do futebol profissional, tendo revelado desde sempre uma grande sensibilidade e enorme preocupação com as dificuldades e aspirações dos clubes”, admitiu Vítor Murta.
O governante garantiu, por sua vez, ter recebido “informações que dão confiança quanto ao futuro” dos ‘axadrezados’, no final de mais uma das visitas que tem promovido junto dos principais clubes lusos para acompanhar as preocupações um setor que “acrescenta valor à economia”, seja tanto “nas exportações”, como na “criação de valor reputacional”.
“Sabemos que os atuais dirigentes do clube e da SAD enfrentam elevadas dificuldades relacionadas com o passado, mas percebi que as opções que estão a ser tomadas são as mais racionais e aquelas que melhor preparam o clube para uma gestão sustentável a longo prazo. É a principal mensagem que levo daqui, além de ter tido a oportunidade de visitar um clube que tem uma grande história no futebol e no desporto português”, notou.
João Paulo Correia lembrou que as “decisões de uma gestão sustentável conferem “uma perspetiva de futuro” ao Boavista, cujo palmarés ostenta um título de campeão nacional, arrebatado em 2000/01, cinco Taças de Portugal e três Supertaças Cândido de Oliveira.
“Estamos a falar de um emblema centenário, que foi sempre eclético e não são muitos os clubes no país que têm e desenvolvem 19 modalidades, com êxitos internacionais em algumas delas. Este é mais um aspeto que distingue o Boavista, que contribuiu ao longo da sua história, através de resultados desportivos fora de portas, para o prestígio do desporto nacional, algo que também é reconhecido através da minha presença”, referiu.
O Boavista, 11.º colocado, com 20 pontos, mas menos um jogo, recebe o Desportivo de Chaves, nono, com 21, em 23 de janeiro, às 20:15, no Estádio do Bessa, no Porto, no encontro de encerramento da 17.ª jornada, derradeira da primeira volta do campeonato.
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