Roger Schmidt fez apenas uma alteração ao onze que entrou em campo diante do Midtjylland na passada terça-feira, com Diogo Gonçalves a substituir Chiquinho. Do lado do Casa Pia, o treinador Filipe Martins repetiu o mesmo onze que empatou a zero nos Açores diante do Santa Clara.
Os primeiros minutos mostraram um Casa Pia atrevido, a procurar aproveitar a subida dos laterais do Benfica para lançar a velocidade de Godwin. Todavia, e à medida que os minutos foram passando, o Benfica começou a controlar quase por completo as operações, fazendo-se valer da sua intensa pressão alta para recuperar bolas em zona ofensiva, isto perante a insistência dos casapianos em procurar sair a jogar desde a sua zona mais recuada.
Benfica acelera, João Nunes salva
As águias tinham a iniciativa da partida, procurando rápidas jogadas de envolvência, mormente pela zona central do terreno, onde recuperavam o maior número de bolas quando o Casa Pia procurava construir o seu ataque. Apesar do maior pendor ofensivo, os homens de Roger Schmidt não tinham engenho para desmontar a bem organizada defesa dos 'gansos'.
A única excepção ocorreu aos 24 minutos quando, após um alívio deficiente da defesa dos 'gansos', Rafa oferece o golo a Gonçalo Ramos, mas João Nunes evitou o primeiro em cima da linha.
Águia vê-se negra para chegar ao golo
Até ao intervalo a toada não se alterou. O Benfica continuava com a iniciativa de jogo, e o Casa Pia aproveitava momentos de menor pressão do adversário para lançar rápidos contra-ataques através de Godwin.
Os encarnados não estavam a encontrar solução para ultrapassar a muralha negra da defesa casapiana, que se mostrava muito solidária na hora de defender. Sinal desse desacerto ofensivo foram os apenas dois remates à baliza de Ricardo Baptista.
Rafa fura e Gonçalo Ramos encontra o caminho
Na segunda parte Roger Schmidt deixou Gilberto nos balneários, fazendo entrar Alex Bah para tirar partido do maior pendor ofensivo do dinamarquês. Os primeiros minutos do segundo tempo foram a mera continuação do final da primeira parte: Benfica ao ataque, Casa Pia à procura dos espaços para lançar contra-ataques.
Todavia, e apesar do mesmo pendor ofensivo, notava-se uma maior energia e intensidade no jogo encarnado na procura do primeiro da partida. Mas o golo acabou mesmo por chegar à passagem dos 58 minutos; recuperação de bola no meio campo ofensivo e João Mário a lançar Rafa na direita com o avançado a cruzar para o meio onde Gonçalo Ramos se antecipou a João Nunes e desviou subtilmente para o fundo da baliza. O Benfica conseguia o mais difícil.
Menos ataque, mais meio campo, o mesmo controle
Apesar de chegar à vantagem, Roger Schmidt não se coibiu de fazer mexidas na equipa, fazendo entrar Yaremchuk e Weigl para os lugares de Diogo Gonçalves e Florentino. Do lado do Casa Pia, o técnico Filipe Martins refrescou o ataque com as entradas de Clayton, Diogo Pinto e Anderson, para os lugares de Godwin, Rafael Martins e Kunimoto.
Mesmo a vencer, o Benfica continuou na sua toada ofensiva à procura do segundo golo, criando boas jogadas de ataque mas quase sempre deficientes na hora de definir. Mesmo com uma frente de ataque renovada, o Casa Pia continuava muito encolhido, remetendo a sua pressão para a entrada do seu meio-campo.
Nos minutos finais a intensidade ofensiva do Benfica baixou de sobremaneira, todavia os encarnados iam controlando a partida aplicando muita intensidade na zona intermédia, não permitindo que o Casa Pia construísse jogo a partir do seu meio-campo.
Até final da partida, destaque para a expulsão de Nicolás Otamendi; o capitão encarnado viu o segundo amarelo aos 92 minutos e falha assim o próximo jogo das águias no campeonato diante do Boavista, no Estádio do Bessa.
Com este triunfo o Benfica soma a segunda vitória em outras tantas jornadas da Primeira Liga. Os encarnados assumem a liderança do campeonato com seis pontos.
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