O clássico de sexta-feira na Luz entre o Benfica e o FC Porto coloca frente-a-frente os dois maiores rivais do futebol nacional, num jogo que pouco irá decidir, mas que dará pistas importantes sobre os próximos encontros dos dois emblemas.
O Benfica é favorito, não só porque joga em casa, perante o seu público, mas também porque apresenta-se melhor que os dragões neste início de época. As duas formações já mediram forças no jogo inaugural da temporada: na Supertaça em Aveiro, o FC Porto até entrou melhor, mas o Benfica equilibrou e partiu para uma grande segunda parte onde marcou dois golos e levantou o primeiro troféu de 2023/24.
A derrota no Bessa parece ter sido apenas um percalço na caminhada encarnada. No Bessa, a expulsão de Petar Musa no início do segundo tempo assim como alguns erros de Odysseas Vlachodimos foram cruciais no primeiro e único desaire da época a nível interno.
A verdade é que o Benfica só perdeu o jogo diante do Boavista porque quis muito ganhar. Schmidt podia ter tentado segurar o empate, com menos um jogador, mas arriscou e acabou por pagar o preço da ambição.
Seguiram-se depois cinco triunfos seguidos, com mais ou menos dificuldades, em cinco jogos dominados pelo Benfica, onde apenas faltaram mais golos.
Na Luz, os campeões nacionais apenas não venceram um jogo esta época. A equipa foi mais uma vez penalizada com uma expulsão, desta vez de António Silva, na derrota 0-2 diante do Salzburgo, na estreia na Champions 2023/24.
Na Liga, são dois triunfos em outros tantos jogos em casa: 2-0 ao Estrela da Amadora e 4-0 ao Vitória Sport Clube.
Apesar de ainda não ter sofrido qualquer golo em casa na prova, o Benfica tem-se mostrado permeável esta temporada. A equipa de Roger Schmidt já sofreu sete golos em seis encontros na Liga, todos longe da Luz. Este é o pior registo defensivo do clube desde 2011/12. Nos oito jogos oficiais, são oito golos sofridos, se juntarmos os dois diante do Salzburgo.
Se a equipa sofre mais, também marca mais. Os campeões nacionais têm o melhor ataque da prova, com 16 golos, mais um que o Boavista e mais dois que o Gil Vicente e Braga. Os 16 golos marcados igualam o melhor registo do Benfica à sexta jornada nos últimos 14 anos.
Outro dado que preocupa é a quantidade de penáltis cometidos: o Benfica já sofreu três grandes penalidades na I Liga (equipa com mais penáltis contra até agora), cinco se tivermos em conta todos os jogos da época, já que na derrota diante do Salzburgo cometeu duas grandes penalidades (uma convertida, outra falhada).
Ao contrário da época passada, Roger Schmidt tem vindo a fazer muitas mudanças no onze, por culpa das lesões e castigos, mas também por opção técnica. Após a derrota no Bessa na ronda inaugural, a baliza do Benfica virou um problema, com o afastamento de Vlachodimos, muito criticado pelo técnico. O grego não gostou de saber que seria suplente no primeiro jogo em casa, confrontou o treinador, e passou de titular para a bancada, até ser transferido para o Nottingham Forest no último dia do mercado.
Schmidt apostou no jovem Samuel Soares para os jogos com Estrela da Amadora, Gil Vicente e Vitória Sport Clube, até lançar Trubin em Vizela. O recém-contratado guardião ucraniano parece ter agarrado o lugar na baliza. Diante do Salzburgo cometeu um penálti escusado, mas redimiu-se no jogo seguinte, ao defender uma grande penalidade diante do Portimonense, numa altura em que os encarnados venciam por 2-1. Evitou o 2-2 e viu David Neres confirmar o triunfo pouco tempo depois.
António Silva, expulso com vermelho direto diante do Salzburgo, ficou no banco diante do Portimonense mas deverá ocupar o seu lugar no centro da defesa, ao lado de Otamendi. Com o regresso de Jurasek (fez os primeiros minutos em Portimão, após a lesão contraída na primeira ronda da Liga), Aursnes deverá voltar ao meio-campo.
Mas há mais dúvidas: David Neres mostrou diante do Portimonense que merece um lugar no onze (jogou no lugar do lesionado Di Maria), pelo que Schmidt terá de tomar decisões importantes na escolha da equipa para o clássico. João Mário poderá cair da equipa, tal como o próprio Aursnes.
A grande segunda parte de Petar Musa na Supertaça diante do FC Porto deverá valer-lhe um lugar no onze.
Diante do FC Porto, o Benfica deverá alinhar com Trubin na baliza. O quarteto defensivo deverá ser formado por Bah na direita, Otamendi e António Silva no meio e Jurasek na esquerda. João Neves e Kokçu serão os médios-centro, à frente terão Rafa, David Neres e Di Maria, no apoio a Petar Musa.
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