Os quatro golos do Benfica no confronto com o Sporting de Braga confirmam uma das tendências desta equipa de Bruno Lage: marcar muitas vezes, fora ou em casa. Esta capacidade goleadora faz a equipa aproximar-se de registos de há muitos anos.

Segundo contas do jornal A Bola, a equipa de Bruno Lage está perto de alcançar registos históricos que vêm dos tempos de um Benfica nos anos 60 que contava com Eusébio, Coluna, Simões, José Augusto, Torres e Águas, por exemplo.

Em 1962/63, os 'encarnados' fizeram 130 golos em 43 partidas, uma média arredondada de três tiros certeiros por golo. Neste momento, o Benfica de Bruno Lage regista 128 golos em 57 encontros, média de 2,2 golos. Se por um lado há a vantagem de as águas atuais terem mais jogos por disputar, por outro lado há a desvantagem do técnico setubalense ter agarrado a equipa apenas a meio da temporada, sendo, por isso, penalizado pela média inferior de Rui Vitória - 1,8 golos por jogo - ao passo que a do treinador de 42 anos é de 2,8 golos por desafio.

Também no campeonato há registos de assinalar, com o Benfica perto de alcançar um registo que nenhuma outra equipa conseguiu este século em Portugal. Com três jornadas da I Liga por disputar, os encarnados somam 91 golos marcados e está muito perto de chegar à centena remates certeiros, algo que só alcançou por duas vezes em toda a história nas épocas 1963/64 (103) e 1972/1973 (101), e com menos jogos disputados dado que a I Liga tinha menos equipas.

Com os jogos frente a Portimonense, na Luz, Rio Ave, em Vila do Conde, e Santa Clara, novamente no estádio da Luz, o Benfica de Bruno Lage tem condições para alcançar a centena de golos na I Liga, mas para alcançar esse feito o técnico precisa de subir um pouco a sua média de golos por jogo em todas as provas que é de 2,8.