O alemão Roger Schmidt, aos 56 anos, conquistou no último fim de semana apenas o segundo campeonato da sua carreira de treinador de futebol, quase 10 anos depois do sucesso alcançado na Áustria, e logo na época de estreia no Benfica.
Na primeira aposta num treinador estrangeiro em 13 anos, o Benfica regressou ao título nacional após três épocas de ‘seca’ e com a festa a acontecer em casa, no Estádio da Luz, no triunfo por 3-0 sobre o despromovido Santa Clara, na 34.ª e decisiva jornada da I Liga, no último sábado.
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No seu primeiro ano em Portugal, Schmidt alcançou números impressionantes à frente dos ‘encarnados’, com 42 vitórias em 55 jogos em todas as provas, 28 em 34 no campeonato, e com apenas quatro desaires em toda a temporada (três na I Liga e apenas uma na Liga dos Campeões).
O registo do treinador alemão, que chegou à Luz como adepto do futebol ofensivo, ganha ainda mais força com os 131 golos marcados no total de todas as provas, 82 no campeonato.
Schmidt foi precisamente confirmado como técnico do Benfica há um ano, em maio de 2022, chegando a Lisboa depois de algum sucesso na Áustria e nos Países Baixos, mas apenas com um campeonato conquistado em toda a sua carreira, ao serviço do Salzburgo, em 2013/14.
Com o emblema austríaco, o antigo médio venceu ainda uma Taça, título que também venceu na China, com Beijing Guoan, e, mais recentemente, nos Países Baixos, com o PSV Eindhoven.
Na sua única experiência na Bundesliga, o treinador germânico passou três temporadas no Bayer Leverkusen, mas, apesar de ter alcançado por duas vezes a qualificação para a Liga dos Campeões, nunca se intrometeu na luta pelo título e abandonou o clube sem qualquer troféu conquistado.
Como médio, Schmidt fez toda a sua carreira nos escalões inferiores e foi nesse nível que iniciou a sua aventura como treinador, primeiro no Delbrucker, há precisamente duas décadas, e depois no Preussen Munster.
Depois de ter falhado a subida à Bundesliga com o Paderborn, em 2011/12, na sua primeira experiência no futebol profissional, Schmidt rumou ao Salzburgo, emblema em que viria a encontrar sucesso.
A primeira temporada acabou sem qualquer título, mas, em 2013/14, o Salzburgo foi dominante, conquistando todos os títulos nacionais com um ataque avassalador.
Essa época chamou a atenção dos responsáveis do Bayer Leverkusen, que acabaram por contratar Schmidt por três temporadas, com o objetivo de reduzir a distância para Borussia Dortmund e Bayern Munique.
Em 2014/15, o treinador alemão terminou a Bundesliga no quarto lugar e, na época seguinte, melhorou o registo, com o terceiro posto, embora sempre longe da luta pelo título.
Em 2016/17, o Bayer Leverkusen esteve sempre longe dos lugares cimeiros (terminou no 12.º posto) e Schmidt acabou por ser despedido ainda a meio da temporada.
De seguida, o treinador germânico optou por abandonar o futebol europeu e rumou à China, onde passou três anos com o Beijing Guoan.
Nesse país asiático, Schmidt conquistou uma Taça e, na sua última época, esteve na luta pelo título chinês, mas terminou o campeonato no segundo posto.
Em 2020/21, o técnico alemão assinou um contrato de dois anos com PSV Eindhoven, mas protagonizou uma primeira temporada bastante irregular, acabando o campeonato no segundo posto, a 16 pontos do campeão Ajax.
Na temporada seguinte, o PSV Eindhoven esteve na luta pelo título dos Países Baixos (terminou em segundo a dois pontos do campeão Ajax), depois de já ter batido a formação de Amesterdão na Taça e também na Supertaça.
Na fase inicial da época, Schmidt acabou mesmo por falhar o acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões, depois de perder no play-off precisamente com o Benfica.
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